Como auxílio nessa empreita apresento um esquema padrão da estrutura narrativa:
Tomando por exemplo o romance Iracema (José de Alencar) teremos o seguinte esquema:
Vimos que a apresentação vai até o 4º capítulo. A complicação vai até o momento em que o amor entre Martim e Iracema é consumado, no capítulo 15. O nó ou a sequência de fatos que contribuirão para o clímax e desfecho da obra acontece do capítulo 16 ao 31. Os principais fatos narrados são o convívio de Martim e Iracema, a partida de Martim, o nascimento de Moacir, a tristeza profunda de Iracema e o retorno de Martim.
Tomando por exemplo o romance Iracema (José de Alencar) teremos o seguinte esquema:
Vimos que a apresentação vai até o 4º capítulo. A complicação vai até o momento em que o amor entre Martim e Iracema é consumado, no capítulo 15. O nó ou a sequência de fatos que contribuirão para o clímax e desfecho da obra acontece do capítulo 16 ao 31. Os principais fatos narrados são o convívio de Martim e Iracema, a partida de Martim, o nascimento de Moacir, a tristeza profunda de Iracema e o retorno de Martim.
O clímax é dado com a morte de Iracema, no capítulo 32. O epílogo
(desfecho) ocorre, no capítulo 33, com a partida de Martim levando o filho Moacir, recém-nascido, e o regresso de ambos, após quatro anos.
O foco narrativo do romance Iracema é em terceira pessoa, pois o narrador não é personagem. Os personagens de Iracema são divididos em duas tribos: tabajaras e pitiguaras. Os protagonistas são: Iracema (da tribo dos tabajaras) e Martim que é estrangeiro. O filho de ambos será chamado Moacir (criando-se o mito fundador do Ceará). Martim é amigo de Poti que é da tribo pitiguara e que ao final da narrativa irá ser batizado com o nome de Antonio Felipe Camarão.
O foco narrativo do romance Iracema é em terceira pessoa, pois o narrador não é personagem. Os personagens de Iracema são divididos em duas tribos: tabajaras e pitiguaras. Os protagonistas são: Iracema (da tribo dos tabajaras) e Martim que é estrangeiro. O filho de ambos será chamado Moacir (criando-se o mito fundador do Ceará). Martim é amigo de Poti que é da tribo pitiguara e que ao final da narrativa irá ser batizado com o nome de Antonio Felipe Camarão.
O
segundo exemplo que será dado é sobre A elegância do Ouriço, de Muriel
Barbery, que tem duas narradoras: a adolescente Paloma (12 anos) e a senhora Renée (54 anos). A diferença de idade das narradoras aponta para duas fases da vida contemporânea: a fase inaugural das escolhas e a fase de avaliação daquelas. O foco narrativo é em primeira pessoa.
As narradoras Renée e Paloma são personagens de suas respectivas narrativas. Renée e Paloma moram no mesmo prédio: a primeira é zeladora e a última é filha dos proprietários de uma das oito unidades do número 7 da Rua Grenelle, em Paris.
Se subdividirmos o texto em três partes, os dois terços iniciais são histórias paralelas que têm por comum apenas a proximidade espacial das respectivas personagens narradoras. Renée Michel faz sua narrativa sobre os moradores do prédio, enquanto famílias de aristocratas que tratam a zeladora como alguém quase invisível ou que existe só para servi-las.
O livro tem três formas de subdividir a narrativa: os capítulos da narradora Renée; e dois tipos de narrativas de Paloma: Diário do Movimento do Mundo (enumerados de um a sete) e dezesseis subtítulos que incluem as palavras Pensamento Profundo.
A narrativa por Renée compreende cinco partes. Cada uma subdividida em itens enumerados e nomeados. As partes 1 e 3 contêm poucos itens, se comparadas às demais. A última parte da narrativa de Renée inicia à página 257 do livro e tem por título Paloma que é a outra narradora.
As narradoras só irão partilhar das presenças uma da outra à página 260. (O total são 350 páginas.).
As narradoras só irão partilhar das presenças uma da outra à página 260. (O total são 350 páginas.).
ALENCAR, José de. Iracema. 1865. Domínio Público.
BARBERY, Muriel. A Elegância do Ouriço. São Paulo: Cia. das Letras, 2008.
THOMÉ, Lourdes. A Filha do Coração. Disponível em
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