domingo, 26 de junho de 2016

Textos de Amaridis de Souza Mello.

Crédito da Foto: Ivone Tonon
Painel por Edna Domenica Merola






Formatura do NETI



Amaridis de Souza Mello. Florianópolis, 2016.
Para os meus netos, a quem dedico algo escrito como recordação de minha vida.


Sobre Amaridis.
ESCRITO POR EDNA DOMENICA MEROLA
(Professora da Oficina de Criação Literária do N.E.T.I./UFSC)

            A virginiana Amaridis de Souza Mello, 74 anos, escreve seus originais digitando.
            Ainda bem pequena, 8 a 10 anos, ajudava a mãe adotiva a pintar penas de aves, em casa, para uma escola de samba Unidos do Cabuçu - RJ. Considera gratificante lembrar que dessa forma ajudava na alimentação da família. Estudou, trabalhou, casou, foi mãe. Mudou de cidade, do Rio de Janeiro para Florianópolis, em janeiro 1975. Chegar a outra cidade, com a família foi como nascer outra vez. Então resolveu ter uma ocupação, nas horas em que sua filha estava na escola. Iniciou um curso de Estética Facial no SENAC que durou seis meses. Após o curso, atendia algumas pessoas que já conhecia, mas sem fins lucrativos. Logo desistiu para buscar algo mais significativo.
            Dessa busca surgiu o primeiro trabalho voluntário na Creche Lar Recanto do Carinho que, em 1984, era uma casa antiga, em Coqueiros, e que abrigava mais de dez crianças soropositivas. Sua função era dar mamadeira, segurar no colo, brincar, etc. Em 1990, foi ser voluntária no Hospital Infantil, aonde permaneceu onze anos.
            Amaridis cursou vários cursos no Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI, UFSC), inclusive nossas Oficinas de Criação Literária de 2013 a 2014. Em 2015, retornou como convidada, proferiu palestra na qual fez seu depoimento e contou a história A Boneca de Lata  ‒ criada e confeccionada por ela.
            Nos últimos anos, além de participar do blog NETIATIVO em decorrência de ser aluna da Oficina de Criação Literária é voluntária e conta histórias a crianças de dois a cinco anos, quinzenalmente, na Creche Celso Ramos, num projeto da ACONTHIF ‒ Associação dos Contadores de Histórias de Florianópolis ‒. da qual faz parte como membro da diretoria. Gosta muito do que faz.
            Suas escolhas para leitura: Richard Bach; J.M.Simmel; Zíbia Gaspareto; Mario Vale; Ruben Alves; Nathaniel Branden, Jonh Poell; Carlos Drumond de Andrade, Cecília Meireles, Raul Bopp, Mário Quintana. Sente-se à vontade, quando lê algo que toca o sentimento. Dependendo do seu emocional gosta do que lembra a alegria...
            Gosta de falar sobre amor, paixão, criança, natureza. Gosta de ler. É introspectiva. Sente que lendo consegue escrever melhor, mas não trabalhou esse lado cultural na escola.
            Quando está no computador 'viaja'. E procura ler e aprender coisas que lhe interessam. É quando procura o Blogspot, lê textos dos colegas e lê os seus.
            Aprendeu a ficar só e gosta desses momentos. Sente necessidade de fazer reflexões.
            Amaridis escreve narrativas em prosa e versos. Nelas pode-se ler uma tentativa de desprendimento imbricada a um apelo afetuoso de renovação de laços. É como se escrevesse na companhia de alguém, já que toma a palavra para abrir um diálogo que convida a contemporizar as relações de uma dupla (como a de avó e neto).
            Seu falar é compartilhar, é querer ser parceira... O texto de sua autoria que ela própria prefere tem por título: É... Inverno! Um texto que fala da natureza.
            Fica surpresa e muito feliz com comentários positivos sobre sua escrita. Sente mais confiança e quer aprender mais. Tem facilidade de falar sobre quem é.
            A escrita de Amaridis (cujo apelido é Pequena Feliz) é como ela: leve e feliz.

EDNA DOMENICA MEROLA
(Professora da Oficina de Criação Literária do N.E.T.I./UFSC)


Textos de Amaridis (Prosa)

Saudade. 09/01/2014.

A autora à esquerda
e seu saudoso irmão ao centro da foto.

“Eu preciso te falar. Te encontrar de qualquer jeito. Pra sentar e conversar. E me levar de encontro ao vento... Te chamar e respirar   o mesmo ar que te rodeia”. Quero te encontrar no infinito.
Era assim que eu precisava de uma família.
Só que tudo foi diferente. Agora eu já sei: nada é como a gente quer.  Deus te fez menino com responsabilidade de adulto.  Graças à tua pessoa com apenas oito anos desenhaste o nosso caminho, sempre pensando em nunca nos separar. Agradeço muito. Vinhas me visitar, eu lembro muito bem, só não me lembro de tuas palavras... Eu não entendia.
Lembro que sentávamos na varandinha, em uma cadeira sentavas e eu  em outra. Escutava-te falar muito, mas não consigo lembrar tuas palavras,   eu era muito pequena. Quando ias embora eu chorava.
Na outra semana... E tantas outras vinhas, e lá sentávamos a conversar.  O tempo continuava passando. Fui para a escola e tu foste para um colégio Estadual de horário integral e dormias lá. As nossas conversas demoravam  a acontecer.
Cresci um pouco, também fui para uma escola que ficava o  dia inteiro, mas que voltava para casa. Tuas visitas diminuíram.  Passaste para o Colégio Naval. Nossa mãe te deu todo apoio. Lavava roupas para te  ajudar nos estudos.
Eu estava quase terminando  'o Curso Ginasial' e tu terminavas a Escola Naval. Lembro-me como se fosse hoje,  nossa mãe feliz e eu linda   e feliz fomos de táxi os três. Que dia maravilhoso.  Que festa linda foi a tua troca de Espadim... Não esqueço.
Tua formatura foi a primeira festa da qual participei, como também teu baile de Formatura no Clube Naval...
Quanta lembrança boa. Meu vestido de baile foi emprestado de uma menina que era minha amiga e me emprestou com todo  carinho.
Também me lembro das recomendações de mãe adotiva:
‒ Olha, cuidado! Não pode estragar este lindo vestido! Nós temos que devolver como veio... E eu nem me lembrava disso. Foi a primeira vez que eu fui a um Baile só ao seu.
Mas também me lembro e sofri como você... Nossa irmã não conseguiu participar de nenhuma de suas festas.
Sabe como é: 'cada casa é de um jeito'... Mas ela fez muita falta. E sei  que guardaste esta mágoa até teus últimos dias...
Deus abençoe todas as falhas das nossas vidas, amado irmão. Nossas fotos estão guardadas. Como estávamos lindos. Contentes e felizes.
Continuei minha vida. Tu fizeste 'Volta ao Mundo' e a partir daí te tornavas uma pessoa cheia de compromissos.  Adquiriste um apartamento. E moravas com   a mãe.  Sempre preocupado com todas nós.  Já não podias me visitar tanto.
Sempre que podias me telefonava.
Eu já estava trabalhando e tu viajavas muito. Não lembro bem, mas senti tua falta no casamento de nossa irmã... Situação lamentável.
Eu podia viver perto da nossa irmã. Quando nosso sobrinho nasceu eu passei a visitá-los sempre.  E ficava muito triste. Nossa irmã parecia uma Gata Borralheira... Trabalhava até tarde... Colocando roupas na corda. Eu vinha para casa da minha mãe e minha irmã ainda ia tomar banho.  Eu   achava  tudo muito estranho.  Nas nossas fotos, nossa irmã nunca estava...
Acostumei-me a procurá-la mais. Sentia que ela era a mais carente... De amor!
Nunca comentei com ninguém. . Nossa irmã quase não ia para a casa deles, era só na casa daquela mãe, meu cunhado aceitava tudo.  Muito tempo depois o casal ficou mais junto com os filhos... Comigo tudo foi diferente.  Eu ia visitar quem eu quisesse.  Acho que fui e sou mais feliz.
Mas quero dizer que ficamos muito tempo distantes. Só que nada, mas nada nos separou.  Fomos ao casamento de vocês e logo vocês viajaram para a Alemanha. Escrevíamos sempre e mandava fotos da sua menina dos olhos, sempre.
Estamos ligados pelo Cordão Dourado da vida e quem sabe depois da minha morte, pois nos encontraremos.
Quero te dizer que cada pessoa teve um destino diferente, mas nada disso conseguiu nos separar.  Nós aqui na terra te amamos muito. Quero dizer que mesmo sendo tudo diferente, nós conseguimos nos unir pelo amor e grandeza do teu coração, não permitindo que a vida nos separasse. Quero guardar  este sentimento lindo.
Para mim foste um exemplo!

‒ ALMIRANTE NOGUEIRA; NÓS TE AMAMOS MUITO. ESTÁS FAZENDO MUITA FALTA NAS NOSSAS VIDAS.
Quinta-feira, 6 de junho de 2013.
Gavetas do Meu Tempo.

No final da década de trinta, nascia no interior do estado do Rio de Janeiro uma pequena feliz. O tempo correu a passar... A passar... E em sua memória ficaram arquivadas, nas gavetas do tempo coisas muito importantes.
Começando: dia marcante na memória, agora, 8/11/1948, Primeira Eucaristia junto com os alunos da Escola 6-9 Maria Braz.
O tempo continua correndo... Em 1950, sabe quando o coração quer sair pela boca? Então, um lindo menino despertou meu coração infantil! Mas depressa sumiu aquela visão... Que pena. Sniff, sniff! Já estava no curso ginasial, na Escola Bento Ribeiro... Era bem crescida, estudava muito... 1954... Este ano foi assustador...
No mês de agosto, precisamente no dia 24/8/1954, a coordenadora da escola chamou todas as turmas para o pátio, todas em forma! Muito séria comentou:
-Vocês vão sair agora e todas precisam ir direto para suas casas... O presidente da República acaba de morrer.
Parece que estou ouvindo agora. O dia estava feio, sem sol. O céu nublado... Eu correndo para pegar o ônibus. Eu estudava na zona Norte e morava na zona Sul do Rio de Janeiro. No final daquele ano, houve a primeira formatura no ginasial: felicidade total! Esqueci-me de dizer: Nas escolas eu ganhei da caixa Escolar todos os livros, uniforme e a passagem para poder estudar. Obrigada Senhor, pela oportunidade.
No ano de 1955, meu irmão mais velho formou-se Oficial da Marinha de Guerra. Eu troquei as platinas. Estávamos lindos demais! Dançamos a valsa. Foi o segundo baile de formatura que eu fui. Tantos sonhos. Belos dias.
Outro fato importante que mudou minha vida, em 1956, falecia o marido da minha irmã adotiva. A vida se transformou. Tive que trabalhar fora... Apareceu a TV em preto e branco... Que estouro! A política fervia... Fui estudar a noite.
Nesta época, surgiu a maior das invenções: o absorvente... Que maravilha!
Em 1957, no mês de junho, aconteceu frio, fui chamada para fazer entrevista na empresa Rio Light S/A... Passei no concurso e trabalhei até 1968. Isto era a felicidade.
Em 1958, fui fazer o curso de contabilidade no Colégio estadual Amaro Cavalcanti. Lá conheci um rapaz. De seus olhos saíam estrelas... Que romântico! Neste mesmo ano, o Brasil foi campeão do mundo... Todo mundo na rua, eu inclusive!
Também neste ano na de 1958, aconteceu o primeiro caso de homicídio ‒ caso Aída Curi ‒ a jovem que foi jogada da sacada do 12º andar de um prédio em Copacabana, RJ. Todos os jovens meus conhecidos ficaram pasmos... Foi horrível!
No ano de 1960, eu votei, eu votei pela primeira vez. Eram eleições para Presidente da República. Votei. Mas, a partir daí tudo ficou complicado.
No ano de 1962, eu meu colega de turma, Adilson, namoramos e nos formamos juntos. Neste mesmo ano Leila Diniz lançou a moda de expor a barriga de grávida, na praia.
No ano de 1966, eu e meu colega de turma e namorado... Aquele que eu via estrelas em seus olhos... Casamos-nos. Foi a maior farra com os amigos de curso. Ainda hoje temos amizade com dois casais com os quais estudamos juntos. Sempre que podemos nos visitamos.
No ano de 1970, somos pai e mãe de Leila de Souza Mello. Das três barrigas só ficamos com ela.
Na nossa mocidade, tivemos tantos sonhos... Educamos nossa filha. O tempo correu a passar e com ele conflitos, problemas de saúde e muita saudade.
Sofremos um acidente de carro: voltávamos do RJ. Já chegando, quase em Curitiba, na Curva do Turvo, o carro não atendia, garoava, o carro desgovernou e capotou... Adilson caiu em uma vala, ficando com uma queimadura nas costas, que lhe custou um ano de tratamento. Leila com deslocamento na bacia. E eu: firme. Voltamos para casa, já era quase madrugada, em uma caminhonete da ELETROSUL... Foi uma situação bem difícil. O carro? Perdemos! Na época, só eu fiquei de carro levando-os para os lugares. Isto aconteceu no dia 12/10/1984 ‒ Dia de Nossa Senhora de Aparecida. Já participava como voluntária, somente, no Lar Recanto do Carinho, uma vez por semana. Como estava com problemas de saúde devido ao acidente, eu, ajudava com Material de limpeza. O lema de todo voluntário é: “O primeiro voluntariado é sempre em sua casa.” Era só pedir licença. Foi o que fiz algumas vezes.
Em 1986, Leila retirou um cálculo renal... Outro sufoco. Perdeu muitos dias de aula, mas conseguiu terminar o segundo grau.
Em 1990, todos devem saber que todos nós temos nossos idosos. Já sem muita saúde, o pai de Adilson, faleceu. Trouxemos sua mãe para nossa casa. Já bem cansada também doente.
Em 1991, a mãe, avó e boa sogra teve que fazer uma cirurgia na membrana que reveste o coração. Passou bem. Recuperou-se, dava sua caminhadinha na Avenida Beira Mar e, eu sempre junto.
O problema de saúde de minha sogra começou de novo. Naquela segunda vez, ela teve um AVC bem sério: ficou paralisado todo o seu lado direito. Precisava de ajuda para tudo. Foi mais difícil para cuidar. Este problema foi em 1992. Assim, meu trabalho voluntário ficou um pouco de lado, participava menos.
Não tinha tempo para mais nada. Era só correria. Eu não consegui dar conta sozinha. Empregada! Era um festival não ficava ninguém. Uma dessas senhoras, teve o mau caráter de usar um casaco da doente... Rodei a baiana e a mandei embora.
Já estava entrando em exaustão, quando outra colega me ajudou, dizendo por que eu não procurava o NETI ‒ quando minha companheira de faxina chegou eu conversei com ela, dizendo que precisava de sua ajuda. Com isto consegui chegar ao NETI. Fui entrevistada por uma psicóloga que quis saber por que procurei o NETI. Respondi que eu estava me sentindo como uma panela velha!
Em agosto de 1994, comecei o curso de Gerontologia. Gostei muito e, agradeço a minha moça da faxina, que me deu oportunidade de ficar no NETI.
Ainda em 1994, fazia o curso de Gerontologia, tínhamos muitas aulas... (Procurei as apostilas, mas não as encontrei para poder nomear as matérias). Tenho certeza de que foi muito bom, pois muitas dúvidas foram esclarecidas. Em Dezembro de 1996, tivemos a nossa formatura.
As aulas eram sempre à tarde. Neste curso, para mim, a melhor leitura foi "As Cartas do Caminho Sagrado" de J. M. ISMILL. ‒ Leitura Maravilhosa. Fala de costumes da Tribo indígena da América do Norte ‒ são cartas que falam sobre o respeito ao PAJÉ, todos os problemas eram resolvidos com todos juntos, sentados em círculo, onde todos se viam e esperavam cada um falar no tempo determinado. Só um falava de cada vez. É lindíssimo este livro. Infelizmente, emprestei o livro e estou sem ele.
Em 1997, a “VÓ” faleceu.
Em 1998, participei do primeiro curso de Interações Humanas. Era um curso sobre leituras sobre Crescimento Pessoal, autoajuda. As alunas tinham que ler cada livro indicado e, depois, falar sobre o assunto do livro e todos faziam seus comentários sobre o mesmo. Somente um livro ‒ Não Apresse o Rio (Barry Stevens), que eu até hoje, não consegui entender... Achei muito difícil. As aulas eram semanais. Período do curso era de dois semestres. Muito bom o curso. O livro que mais gostei de ler sobre nesse curso foi: JOVEM PARA SEMPRE ‒ por Edward Claflin.
Naquele ano, fiz uma cirurgia no braço esquerdo... “Manguito". Mesmo assim participava das aulas.
Em 2000, fiz o Curso de Crescimento Pessoal, outro curso maravilhoso, ali algumas pessoas, tinham problemas mais sérios. A professora trabalhava com o grupo, respeitando cada assunto e, juntos tínhamos cada um o seu opinião. Excelente curso. De lá foram criados vários grupos. Foi criada CREPS – Um grupo que organizou um 'Coral' e tem outras funções da qual não consegui participar, por ter pouco tempo vago, mas criamos uma 'Oficina POR AMOR' que onze amigas, trabalham na confecção de enxovalzinho para bebê. Muitas são as doações que se recebem. Nosso trabalho a cada dia cresce mais. A responsável é nossa amiga IVANY. Sou colaboradora.
Em 2002, fui para o NETI, fazer o curso de “Contadores de Histórias”. Curso Espetacular. É o aconchego com os pequenos. É ver o resultado de perto... Eles são adoráveis. Era tudo que eu precisava! Perto de crianças, não tenho medo de falar. Não tenho vergonha de dançar. Não tenho preocupação, se errar, sabe por quê?... Eles te ensinam com amor. É recíproco este amor! Mas, sempre que me preparo para falar... Ainda dá aquele frio na barriga. Deste curso foi criada a 'ACONTHIF' ‒ Associação dos Contadores de Histórias de Florianópolis, da qual faço parte até os dias de hoje.
EM 2006, fiz uma Maravilhosa Oficina de Contadores de Histórias - todo o Primeiro sábado de cada mês. Aqueles momentos que passávamos na Igrejinha, ao lado do NETI... Era e continua sendo MÁGICO ‒ cheio de sabedoria. Lá dentro só acontecem encontros saudáveis cheios de amor e com muita esperança de que a felicidade existe... Se eu pudesse estaria por lá até hoje... Que saudade!
Obrigada a todos e todas as professoras que tive oportunidade de estar junto. Agradeço também aos amigos e amigas que encontrei. Em 2008, deixei um curso de patchwork, que começou na Associação dos Aposentados da ELETROSUL ‒ AAPE. Lá, eu me distraía e bordava o enxoval para o nosso neto Pedro, que tem um irmão de outra mãe e que eu o amo muito. Meus dois netos são a nossa alegria. Como é bom poder levá-los à escola.
Quero continuar aprendendo cada vez mais para incentivar meus netos a entenderem que:
‒ Tudo na vida só depende de cada um de nós... O amor é uma herança, mas é preciso lutar, estudar e trabalhar para ser um cidadão respeitado.
Neste ano de 2013, volto à sala de aula. Estou fazendo uma 'Oficina de Escrita Literária' com amigas que trazem uma grande bagagem que foi trabalhada dentro do NETI.
Tanto o Santo, quanto o Sábio dão de si mesmo, sem esperar dádivas... São conscientes de que na proporção em que ofertam receberão oferendas.
Obrigada Deus, que inspirou pessoas tão inteligentes e que me deram oportunidade e criatividade para melhorar minha autoestima, mostrando o quanto aprendi.
Se hoje sou mais alegre e feliz, vaidosa e interessada em saber tudo o que se passa no mundo, devo agradecer a todos que me ajudaram. E obrigada Deus, que inspirou pessoas inteligentes que nos deu oportunidade e criatividade para que com os últimos avanços científicos enfrentemos o envelhecer. Temos a marca do tempo, no rosto, no corpo... Mas que ainda temos saudáveis: a nossa memória e nosso raciocínio! Quero continuar fazendo parte desse planeta com todo o PIQUE DE 'SENHORAS MADURAS', porém que, ainda não AMARELARAM.
Tenho uma amiga Contadora de História que sempre cantava a música abaixo e que tem tudo a ver com todas as idades:
‒ O CORPO QUE NÃO DANÇA NÃO BALANÇA/ A PERNA QUE NÃO ESTICA/ NÃO ALCANÇA/ MEUS OLHOS ESTÃO QUERENDO DIZER/ PARA VOCÊ/ COMO FOI BOM ESTAR AQUI JUNTO/ COM VOCÊ.
Foi assim que aprendi a envelhecer: "respeito e quero ser respeitada." Muito obrigada, minha amada família... Sem vocês, meus amores, não sou ninguém!


Sábado, 15 de junho de 2013.
O jardim do NETIATIVO.

Viajando por tantos lugares, tive a oportunidade de desenhar meu lindo jardim.
Vivo em uma chácara num lugar que para mim é o mais lindo do mundo: em Rancho Queimado - Santa Catarina. É um lugar muito tranquilo. E o terreno bem comprido.
Todos os dias, acordo bem cedo para contemplar a natureza... Sento-me em um banco feito com tronco de árvore. Olho para o céu e agradeço por ter compartilhado com a terra, usando uma enxada, uma pá, uma tesoura e que, juntando toda a energia da minha mocidade, consegui plantar, cuidar, remexer, renovar a terra e carinhosamente, molhando cada muda que ali plantei.
Em todo lugar desta chácara está um pedaço de mim... Este é o meu jardim. Ainda me lembro:
‒ Quantas sementes de Girassol eu semeei! Isto me faz muito feliz. E as Rosas, de todos os tipos e cores... As Margaridas... O Amor-perfeito e até o Miosótis surgiu naquela terra tão fértil... Gente! É muito lindo o meu jardim.
Atrás da casa plantei um pomar com muitas frutas. Também tem uma parte com leguminosas.
Mas a minha grande alegria é quando vejo as pessoas que param olhando e admirando meu terreno. As crianças, quando passam, dizem:
‒ Pai, Mãe, vejam quantos pássaros!
‒ Olha lá um beija-flor!Que lindo mãe!
E assim passo meu tempo feliz, vendo e ouvindo a natureza bem perto de mim... Sinto muita paz vivendo neste maravilhoso lugar e às vezes até canto assim:
‒"Moro, onde não mora ninguém/ Onde não vive ninguém/ E lá onde eu moro que eu me sinto bem! É lá onde eu moro que eu me sinto bem!”.


Domingo, 14 de abril de 2013.
O Eremita.

O Eremita é um ser humano que vive sempre em busca de alguma coisa em cada lugar que passa. Tem desenvolvimento capaz de conhecer a caminhada daqueles que necessitam.
É muito discreto: percorre o mundo na procura de Paz para sua meditação, em busca de coragem e sabedoria. É forte e muito saudável: anda com chuva, vento e com o sol.
Gosta de sorrir. Faz feliz aquela pessoa que recebeu seu sorriso, tirando as mágoas e tristezas daquela que necessita, e, com certeza, o efeito é positivo.
Se Charles Chaplin encontrasse o Eremita o saudaria com seu pensamento: ‒"Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência, e, aí, tudo será perdido".
Certa vez, ao encontrar-se com Catarina, o Eremita profetizou:
‒ Não creio que a Lei Divina atue apenas em pequenas proporções... Sei que se manifesta através das atitudes da vida de cada ser.
‒ Observo que o senhor é um ser quase perfeito e iluminado!‒ disse-lhe Catarina.
Enquanto ele se afastava, Catarina pensava que ele deveria sentir-se bem vivendo em recolhimento. Percebeu que ele era de pouco falar. Possuía muita sabedoria e vivia só. Conseguia compreender alguns problemas pessoais, é claro, mas só tentava ajudar quando tinha certeza do que estava fazendo. Catarina repetiu para não esquecer:
‒ Creio que a Lei Divina atua em grandes proporções... Sei que se manifesta em minha vida e em cada ser!


Catarina e o Eremita.

Catarina era uma jovem formada em jornalismo, na Universidade Federal de Santa Catarina. Morava com a família em Balneário Camboriú. O sonho de Catarina era fazer uma viagem fantástica. Catarina sabia que, como jornalista, era interessante ter em seu currículo, um bom conhecimento de alguns lugares pitorescos e mais novidades, para trabalhar. Planejou tudo. Comprou passagem. Arrumou a mala e foi. Seu destino era conhecer Dallas. Foi para o aeroporto em São Paulo e, de lá foram para os EUA. Trocou de avião rumo a Dallas...
Catarina ficou dentro do avião aproximadamente 90 minutos. Tinha muita neve no avião e, foi preciso lavar todo o avião e, esperar diminuir a neve, e ter condições de voo.
Dentro do avião, algumas pessoas procuravam ver e saber o que aconteceu. E, o avião não estava cheio, assim facilitava o deslocamento destas pessoas. As poltronas próximas de Catarina estavam vazias, e, foi quando sentou na poltrona ao lado dela, um jovem diferente, tinha cabelos compridos e barba grande. Sua roupa, estranha. Era uma calça esporte comum na cor caramelo e um moletom azul. Sobre esta roupa ele usava uma manta, dos ombros até abaixo dos joelhos. Pediu licença, guardou a mochila e ficou quieto.
Catarina, olhando para ele, perguntou-lhe:
‒ Caro Eremita, sei que em suas peregrinações mais recentes, esteve em um lugar fantástico, gostaria de saber qual foi o destino dessa viagem?
‒ Senhorita Catarina, meu nome é Rafael. Tenho curiosidade de conhecer este lindo lugar. Sei que aqui bem próximo, existe um maravilhoso deserto. Lá não existe nenhuma vegetação... Gostaria de ver se alguém consegue viver... Sabe, sou uma pessoa que gosto de fazer descobertas... E aprendo com tudo o que vejo.
‒ Legal, Rafael. Mas, diz aí, qual imagem você interiorizou nessa viagem?
‒Catarina, assistir este maravilhoso trabalho, feito pelo vento, desenhando este imenso deserto de areia! Veja? Este trabalho, não parece ter sido feito pelo criador?!
‒Rafael, sinceramente, nunca vi trabalho mais fantástico do que este... Vou tirar uma foto!
‒ Rafael, queria saber se os sons ouvidos durante a viagem o elevaram espiritualmente?
‒ Claro que sim, Catarina! Aquele som do vento me lembrava duma canção de ninar! Parecia que o criador me levava junto em seu colo...
‒ E os cheiros? Despertaram algum tipo de ligação de você com o cosmos? ‒ perguntou Catarina, interessada.
‒ Sim... Era cheiro de natureza e cheiro de vida!
‒ É, Rafael, agora me responde: o que você pôde intuir durante esta viagem?
‒ Catarina, minha doce camarada, me assustei! Senti que o mundo está correndo demais... Exigindo também demais... As pessoas não têm tempo para pensar, para fazer uma reflexão. Isto não é saudável... Catarina, na vida todos nós precisamos de um tempo: para trabalhar, para descansar, e para a alma ser menos ocupada. Espero que você, Catarina, nunca se transforme em máquina. Foi muito bom conhecê-la.
‒Obrigada, realmente você, é uma pessoa muito especial. Até a próxima viagem Rafael.
E assim voltaram, e cada um seguiu sua viagem de volta.


Segunda-feira, 1 de abril de 2013.
Gavetas do Tempo.

No final da década de trinta, nascia no interior do estado do Rio de Janeiro uma pequena feliz. O tempo correu a passar... A passar... E em sua memória ficaram arquivadas, nas gavetas do tempo, coisas muito importantes.
Começando: dia marcante na memória, agora; 8/11/1948, Primeira Eucaristia junto com os alunos da Escola 6-9 Maria Braz.
O tempo continuou correndo... Em 1950, sabe quando o coração quer sair pela boca? Então, um lindo menino despertou meu coração infantil! Mas depressa sumiu aquela visão... Que pena. Sniff, sniff!
Já estudava no curso ginasial, na Escola Bento Ribeiro... Era bem crescida, estudava muito... 1954... Este ano foi assustador... No mês de agosto, precisamente no dia 24/8/1954, a coordenadora da escola chamou todas as turmas para o pátio, todas em forma! Muito séria comentou:
‒ Vocês vão sair agora e todas precisam ir direto para suas casas... O presidente da República acaba de morrer.
Parece que a estou ouvindo agora. O dia estava feio, sem sol. O céu nublado... Eu correndo para pegar o ônibus. Eu estudava na zona Norte e morava na zona Sul do Rio de Janeiro. No final daquele ano, houve a primeira formatura no ginasial: felicidade total!
No ano de 1955, meu irmão mais velho formou-se Oficial da Marinha de Guerra. Eu troquei as platinas. Estávamos lindos demais! Dançamos a valsa. Foi o segundo baile de formatura que eu fui. Tantos sonhos. Belos dias...
Outro fato importante que mudou minha vida: em 1956, falecia o marido de minha irmã adotiva. A vida se transformou. Tive que trabalhar fora... Apareceu A TV em preto e branco... Que estouro! A política já fervia... Fui estudar a noite.
Nesta época, surgiu a maior das invenções: o absorvente... Que maravilha!
Em 1957, no mês de junho frio, fui chamada para fazer entrevista na empresa Rio Light S/A... Passei no concurso e trabalhei até1968. Isto era a felicidade...
Em 1958, fui fazer o curso de contabilidade no Colégio Estadual Amaro Cavalcanti. Lá conheci um rapaz, De seus olhos saiam estrelas... Que romântico! Neste mesmo ano, o Brasil foi campeão do mundo... Demais! Todo mundo na rua, eu inclusive!
Também neste ano de 1958, aconteceu o primeiro caso de homicídio: ‒ caso Aida Cores ‒ a jovem que foi jogada da sacada do 12º andar de um prédio, em Copacabana, RJ. Todos os jovens meus conhecidos ficaram pasmos... Foi horrível!
No ano de 1960, eu votei pela primeira vez. Eram eleições para Presidente da República. Votei. Mas, a partir daí tudo ficou complicado.
No ano de 1962, eu e meu colega de turma, Adilson, namoramos e nos formamos juntos. Neste mesmo ano Leila Diniz lançou a moda de expor a barriga de grávida na praia.
No ano de 1966, eu e meu colega de turma e namorado aquele que eu via estrelas em seus olhos nos casamos. Foi a maior farra com amigos de curso. Ainda hoje temos amizade com dois casais com os quais estamos juntos, sempre que podemos.
No ano de 1970, somos pai e mãe de Leila de Souza Mello. Das três barrigas só ficamos com ela. E muitos anos depois Leila nos um deu um maravilhoso neto. No início de 2008, chegou o Pedro que tem um irmão com outra mãe e que eu amo muito.
Consegui descrever o que foi importante para mim... As paradas de política, eu não gosto. Levo a vida da melhor maneira que posso. Não vejo, não escuto e não falo.


Quarta-feira, 22 de maio de 2013.
Descrição de colegas do N.E.T.I.

Valda - Uma linda História de Vida
Valda, Enfermeira do Hospital Universitário em Florianópolis. Trabalhou, vendo os doentes com todos os sofrimentos. Ajudava-os, sempre atendendo todos com o mesmo carinho. Era muito cuidadosa com as pessoas. Casou, teve sua família, lutou corajosamente, e, venceu todas as dificuldades da vida.
Chegou o tempo de sua aposentadoria... Seu tempo ocupado diminuiu, então, ela foi procurar no NETI, novas opções para aproveitar seu tempo, com outro tipo de trabalho. Dividiu com outras pessoas, trabalhando seus medos e conseguiu vencer. Encontrou boas amizades. Aprendeu muito. Viajou a trabalho com o NETI.
Vive um dia de cada vez. É uma senhora linda, calma, transparente. Cantando ela diz "ando devagar, porque já tive pressa".
E cheia de sonhos realizados continua dizendo que quer muito mais da vida!
Esta é a Valda, que quis vencer mostrando a sua família o quanto é capaz! E, seus filhos, hoje, dizem de pé “valeu mãe”!
A você, Valda, um carinhoso beijo da Amaridis.


Léa - Outra Guerreira

Léa Palmira e Silva, natural de Florianópolis, Virginiana. Auxiliar de enfermagem.
No momento de sua narrativa, usava seu Avental de Contadora de Histórias da turma do NETI. É também Contadora de Histórias e Secretária da ACONTHIF (Associação dos Contadores de Histórias de Florianópolis), projeto realizado com o curso de Contadores de História no NETI com a Professora Eloá Calliari Vall.
Os olhos da amiga Léa brilhavam, enquanto falava cheia de amor de sua Guerreira e seu exemplo, sua amada mãe. Muito feliz disse que ela foi o presente de aniversário para o seu pai.
Sua estrada da Vida foi bem realizada. Foi transferida para Joinville, pois, seu esposo foi trabalhar lá. Viveram trinta anos de trabalho por lá. Voltaram para Florianópolis. Léa é muito orgulhosa de ter uma vida intensa junto com sua família. É avó de três maravilhosos netos.
Viva Léa que agradece todo o tempo! Viva a Léa que sorri o tempo todo! Viva a Léa que toca flauta! Viva a Léa que deu um 'nó' no Enforcado (Vide texto Personagens Arcanos, postado em abril de 2013, neste blog, no qual Léa Palmira sob as roupagens do personagem narrador O Enforcado escreve Carta ao Tio Tarô.). Parabéns amiga! Um beijo da Amaridis.

Giovana - Uma Linda Mulher!

Voce é linda demais! Quando olho para você tenho vontade de cantar assim: “Yolanda! Yolanda! Eternamente Yolanda!”.
Lembro-me de você contando sua história de vida, ao som de um t a n g o! Foi demais, Giovana.
E também me lembro de você, na nossa frente, nos ensinando os difíceis passos do tango - e nós querendo aprender! Como foi bom o encontro e ouvir o seu conto, Giovana!
Obrigada amiga. Amamos-te. Um beijo, da Amaridis.


Sábado, 12 de setembro de 2013.
Agradecendo à Vida!

De olhos fechados e, pleno silêncio; todos viajamos, e cada pessoa seguiu o seu caminho.
Era um lindo dia, a brisa que me envolvia era suave, feita com muita tranquilidade e esperança... Eu ia me encontrar com a natureza.
Surpreendi-me, e de repente, meu pensamento, me levou a lembrar de um filme, que passava sobre a minha vida. Era eu! Bem pequena, sentia frio... Como quem procurava alguma coisa. Aquele frio era falta de um chão firme, chão com segurança, chão de família e de amor! Distraí-me um pouco vendo a natureza, mas logo lembrei que precisava era de uma família. Imediatamente vi alguém que vinha e me dava a mão. Segurava firme a minha mão.
Juntei-me àquela família. Ali, junto das três pessoas, eu tinha todo amor que precisava. A vida me deu razões para bem viver. Não havia riqueza, mais me senti feliz, por ter encontrado pessoas que quiseram me dar oportunidades e, amor.
Sentia alegria junto delas e, que molhavam meu coração com carinho e afeição. Naquela casa, tudo irradiava paz, tranquilidade, vida muito simples. Cheirava como a terra...  Ensinaram-me ir ao quintal e, puxar entre as grandes folhas rasteiras bonitas abóboras para a nossa refeição.
Assim eu cresci. Não tinha brinquedos. Minha mãe, como eu a chamava, fez para mim a boneca recheada, para dar a forma, com meias de seda de senhoras, já usadas. Este foi o brinquedo, que puderam me dar. Até os dias atuais, lembro aquela família amada, que um dia me aceitou como outra filha amada.
Para mim, aquela família é como Meu Doce Favorito – o meu bombom Sonho de Valsa – que me deu teto, calor humano, bons exemplos e principalmente vontade de continuar a viver. Tive a oportunidade de fazer uma família com direito até de ser avó! Obrigada, meu Deus, muito obrigada.


Segunda-feira, 24 de março de 2014.
"A maior esperança da vida é a árvore".

Parto de uma definição indígena que considera a árvore como "Pé Fincado", ou seja, o Ser Humano em seus atributos: força, segurança e reprodução.
Essa máxima indígena nos revela que a natureza é forte e valente. Mesmo sofrendo todas as intempéries do tempo, ela aceita desafios. É corajosa.
Coragem é ter a ousadia para tentar transformar coisas difíceis em verdadeiras maravilhas.  É ter forças para não fazer simplesmente o que o outro quer que faça. É ser fiel às próprias ideias... É seguir seus próprios impulsos, mesmo parecendo ou tolo. É a audácia em demonstrar seus sentimentos aos amigos e ser expansivo. Às vezes é preciso muita coragem para ser covarde, isto é, quando tentamos fazer algo, acreditando que não é certo. Devemos ter coragem ao nos aproximarmos de uma criança sem amigos e dizer:
– Olá, como vai você? Quer brincar comigo?
Devemos elogiar uma criança, um adulto ou quem quer que seja... Às vezes é importante para superar algumas dificuldades e até mesmo para incentivar. Ter coragem é ajudar.
Não existe àquele, que frente a algo novo, não sinta seu coração bater em descompasso... Resolver problemas difíceis exige olhar nos olhos do outro e dizer:
– Eu confio em você e você deve confiar em mim...
Diante de tantos desentendimentos que o mundo está nos mostrando, chegamos à conclusão seguinte: não importa a estação em que vivemos, cada dia, ao acordarmos, o nosso momento pode alcançar as quatro estações em um mesmo momento... Basta observar as atitudes atuais.
Para nosso socorro, não devemos desprezar nosso sorriso, pois ele nos traz a alegria de viver como o verão.
As dificuldades nos dão tristezas, deixando-nos em um inverno tenebroso.
Nossos pesadelos são o outono de cada um na esperança de melhorar.
Mas para o bem de todos chega a primavera distribuindo o pólen da esperança e da fartura que irá destruir todos os obstáculos que trazem as mágoas da vida.
O importante é saber superar todas as fases do tempo.


Domingo, 30 de março de 2014.
Um Super-herói na Praia do Matadeiro.

Nesta linda e tranquila cidade, conseguimos tempo para viver intensamente... E, de olhos fechados, porém, bem acordada, veio um pensamento cheio de doces palavras. Vivi momentos importantes e cheios de uma fantástica ilusão. Preciso mostrar um caso com grande paixão.
Era verão, o sol escaldante. Resolvi sair sem destino... De repente uma ligação no celular. Eram amigas me chamando para irmos à praia. Como o trânsito rumo às praias do leste, é intenso, fomos até a praia do Matadeiro, no sul da ilha.
Fiquei só. As amigas foram caminhar. Distraí-me com o som do mar e, vendo a natureza senti saudade. Sem perceber, um lindo menino me observava... Ele estava com uma capa e uma espada na mão, disfarçadamente olhei e perguntei:
– Olá! Como você se chama?
– Eu sou um Super-herói, não está vendo?
Sorri e começamos a conversar, o meu herói é o Batman? Ele fez que sim.
E lhe perguntei:
– Como vamos brincar de herói em uma praia?
– É muito fácil, é só ver o que vou fazer. Tirou a capa, deixou na areia com a espada, e pegou minha mão, dizendo:
– Quero te ensinar a nadar, venha!
– Anda, não precisa ter medo, olha como sou forte, pegou a prancha e, arrastando fomos... Lá do outro lado seus pais nos olhavam. E o menino que me olhava dizia:
– É preciso prestar atenção, o mar é forte e agitado. Suas ondas muito altas e é preciso ter coragem e furar a onda...
E a prancha ali pertinho.
– Sabe amiga, se você não cuidar a onda te leva, também não é bom virar de costas para o mar, sabe, ele pensa que você não gosta dele e te dá um susto...
Meu herói é lindo. É forte. Eu já o conheço há muito tempo. É saudável e feliz. Parece ter mais idade: seu desenvolvimento é avançado devido às muitas informações desse tempo moderno. Ainda bem pequeno, meu herói já conhecia todas as bandeiras de países que jogam Futebol.
E, neste mesmo dia, meu super herói muito feliz me mostrou que sabia surfar! É claro que surfou no raso!
Felizes e bem cansados eu, ele e seus pais voltamos felizes com tudo o que vivemos naqueles momentos.

Quarta-feira, 11 de junho de 2014.
Um grande Apelo.

Era inverno. Tudo aconteceu na Cidade do Rio de Janeiro. Márcio nasceu no dia vinte e dois de novembro do ano de um mil novecentos e cinquenta e sete. Era bem forte e cheio de saúde. E também muito arteiro. Gostava muito de sair com sua tia Ana Maria que era muito tranquila e paciente, mas também era uma menina: tinha apenas doze anos.
Na casa dessa família que residia no bairro do Leblon, na zona sul da cidade, todos se preparavam para a festa de formatura de Uru, mãe de Márcio, e irmã de Ana Maria.
Uru se formaria em Jornalismo, no sábado, dia trinta de junho do ano de mil novecentos e sessenta.
Uru pediu a sua irmã Ana Maria que fosse buscar seu traje de formatura, na costureira. A casa era próxima de onde moravam. Márcio chorava, pedindo que queria ir com a tia. E sua mãe permitiu. Mas disse que tivesse cuidado, segurando bem sua mão.
Os dois saíram bem felizes, brincando pelo caminho. Logo chegaram.
A costureira morava em um prédio pequeno de dois andares.
Subiram as escadas e Ana Maria soltou a mão do pequeno para apertar a campainha. Quando abriram a porta... Saiu o cachorro, e o menino levou aquele susto e correu; o hall de entrada do apartamento era estreito... E o menino rolou escada abaixo.
O desespero da tia do menino foi tão grande, que ela gritou muito alto e, tentando segurá-lo, não conseguiu. Seu coração batia forte. Suas pernas pareciam estar presas e, sem saber como fazer, pois, ainda era pequena para ter reflexos rápidos e sem saber como fazer... Foi quando se lembrou de evocar por uma salvação a sua madrinha de Consagração, Nossa Senhora das Graças.
No final da escada, outra porta se abriu e, uma senhora bondosa ajudou as duas crianças. Trêmula de medo, contou o que aconteceu. O menino caído; a senhora foi buscar a costura na vizinha e Márcio voltou no colo da tia. Em casa, houve um pequeno desentendimento com um movimento hostil na casa de Uru. Mas trataram de levar o pequeno no Hospital Miguel Couto que ficava perto de onde moravam. Milagrosamente, o menino nada sofreu.
Nenhuma fratura, muito menos um arranhão. Na noite de sábado, tudo já estava calmo e todos foram à formatura de Uru, mãe de Márcio. Como foi linda aquela festa!
Alguns anos mais tarde Márcio também se formou em Engenharia Elétrica. Casou-se com uma linda jovem, tiveram uma filha a quem deram o nome de Maria das Graças.
Durante todo esse tempo, Márcio com sua família não deixaram Uru, hoje, com noventa e dois anos e nem sua titia Ana Maria com seus sessenta e cinco anos.
Até os dias atuais eles continuam seguindo com coragem e muita fé, sempre pedindo muita luz para conduzir a vida nesse mundo, hoje, tão cheio de imperfeições.

Segunda-feira, 16 de junho de 2014.
Uma festa de Lágrimas.

“Oh! Minas Gerais, Oh! Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais. Oh! Minas Gerais.”
Morar naquela cidade era bom demais. Era pensar seriamente na vida. Era amar e ser amado com orgulho e muito respeito, dizia Lauro, o filho mais velho de uma família de classe média.
Lauro e seu irmão Mauro eram muito unidos e, estudiosos. Foram educados com limites e muita religiosidade.
Mauro, apesar de ser o irmão mais novo, já era pai de uma linda menina. Formado em Direito.
Lauro, muito disciplinado, formou-se em Economia e sonhava em ter um bom emprego. Assim sendo, fez vários concursos e conseguiu o que queria: foi selecionado para ocupar um cargo muito importante em uma grande empresa.
Passou o tempo e, um dia casualmente encontrou a mulher de sua vida e, pasme, a recíproca foi verdadeira. Como um bom executivo, o rapaz viajava muito, representado a empresa. E foi em uma dessas viagens que ele encontrou Marta.
Foi um namoro rápido. Talvez, o tempo necessário para se conhecerem e movimentarem os papéis para o casamento.
As duas famílias estavam felizes com aquele relacionamento. Marcaram a data e começaram os preparativos para a grande data.
Eles tinham familiares e amizades em outras cidades.
Reservaram um pequeno Hotel em Araxá-MG - onde seria a festa de casamento e apartamentos onde iriam pernoitar os convidados. Um luxo!
Chegou o grande dia!
Na igreja, considerada uma capela, quase só cabiam os noivos e os padrinhos, o visual paradisíaco... Todos bem vestidos.
O anoitecer no outono é sensacional... E aquele dia não poderia ser diferente.
Os noivos assinaram os papéis com seus dezoito padrinhos e saíram ao encontro da alegria.
O salão decorado com muito estilo, a iluminação, as pessoas, o serviço, tudo fechava com o maravilhoso recurso da empresa contratada.
Fotos intermináveis.
Foi servido o jantar... Sem comentários! Refinadíssimo. Todo o tempo ao som de Violinos. Maravilhoso!
Começou o grande baile. Ninguém se preocupava com horário, pois a pousada estava garantida. Hora de:
“Viver, sem ter vergonha de Ser Feliz!”... Rolava a festa.
De repente, um pequeno tumulto, junto um grande boato!
As poucas pessoas que estavam sentadas próximo à saída do salão, sentiram-se desprotegidas, pois o salão foi invadido por pessoas sem respeito...
Procuraram o Segurança e não encontraram. Os malfeitores foram estragando a alegria daquela noite ímpar!
Correria... Seis pessoas encurralaram quase quatrocentas pessoas felizes, tiraram joias, jogavam copos e bebidas no chão, gritavam. Dois estavam encapuzados... Pânico total! Valentia, maldade, terror!
Outros dois diziam:
– Anda! Vai naquela mesa...
Silêncio absolutos, só eles agiam... E chegaram onde estavam os pais dos noivos.
Mauro aguardava o momento certo para resolver a situação. Houve uma reação diferente entre os marginais.
E foi neste desespero dos caras, que Mauro, sutilmente, sem um movimento sequer, ele apertou seu celular que fica preparado em lugar estratégico em seu corpo e deixou que escutassem o que estava acontecendo.
Imediatamente, chegava uma tropa de policiais entrando pelo salão, os malfeitores, começaram a atirar com os pais do casal na mira da arma... Parecia um filme de terror!
A noiva triste chorava, vendo toda aquela alegria transformada em dor e suspense.
Graças à coragem e a atitude delicada e fria de Mauro (pois seus pais e os demais convidados estavam em perigo) foi abençoada. Na hora certa aquele advogado salvou quase todos que, provavelmente, iriam acabar em muito sangue.
Mauro que tem muito conhecimento com policiais ficou sabendo que eles foram ali só para provocar aquele alarido.
Algum tempo depois, Lauro recordou aquele acontecimento e fez o seguinte registro:
– Acredito que naquele momento Deus jogou seu manto sobre aquele local, acalmando a todos que pacientemente viveram aqueles doze minutos de fúria e rebeldia, permitindo assim, um final de festa sem maiores consequências.
No entanto, ficou registrado na lembrança o término da festa que só tinha começado.

Setembro de 2014.
Calçada da Fama.

A grande maioria dos jovens das décadas de cinquenta e sessenta do século vinte, eram mais dedicados aos estudos.
Há quem diga que aquele foi o melhor tempo que viveram. Em uma Escola Estadual foi destacada como melhor aluna uma de nome Dulce. De fato, era muito estudiosa, suas notas em sua caderneta só tinham nota "dez"! Ela gostava de ajudar suas colegas que não entendiam a 'saudosa' matemática, que sufoco era passar nesta matéria...
Esta jovem formou-se no Curso Ginasial da Escola Bento Ribeiro. Neste mesmo ano, Dulce fez concurso para cursar no Instituto de Educação no RJ, e passou formando-se em Professora primária aos dezoito anos.
Sempre foi uma excelente professora. Nesta época não havia greves. Todos tinham deveres a cumprir. Alguns anos depois se tornou Diretora em outra escola Publica. Todos eram muito respeitados.
Casou-se, foi mãe de quatro filhos e sempre levou seu trabalho a sério. Esta professora aposentou-se em 1998 e veio morar em Florianópolis, pois um dos filhos já estava morando nessa cidade. Seu filho – André Fidalgo – é dono de uma pequena empresa de Eventos.
No meio de tantas notícias assustadoras, que trazem em nossos jornais, surpreendentemente uma grande notícia: no encarte "Variedades" do Diário Catarinense, sobressaiu o assunto "Primeiro Encontro Cultural" em Florianópolis. Dias treze e catorze de abril de 2014, às vinte horas, no Centro de Eventos.
As pessoas daqui são muito participativas. Chegaram e, o local já estava todo ocupado. O assunto atraiu muito e a todos.
Foram citados nomes de quatro famosos da Arte: Ator, Autor, Compositor e Crítico Teatral.
Houve um pequeno debate... Mas todos eram bem conhecidos e muito reconhecidos. E concluíram com muito orgulho que o escolhido seria ' "O Talentoso"... Adivinhe quem souber! Passamos a mencionar um pequeno detalhe:
– Aos sete anos de idade, aquele menino simples e bem franzino já era um grande talento... Já estava escrito nas estrelas que ele teria um grande futuro. Viajava para Paris que seria premiado... Mas sofreu um infarto fulminante.
Lembrou-se dele? (Foi Grande Otelo o talentoso homenageado.).
Após este maravilhoso encontro, foi servido um verdadeiro banquete aos presentes. Foi uma noite estrelada. E o jovem André Fidalgo, fez questão de apresentar a sua querida mãe, Dulce, falou do seu orgulho por ela e, que atualmente ainda faz trabalhos voluntários com pessoas especiais.
Temos certeza, que esta foi uma noite que encheu de orgulho e alegria a todos que lá estiveram.

Outubro de 2014.
Anos Dourados.

Lá no século passado, nas décadas dos anos 50 e 60, os jovens eram motivados a estudar. Dizem as pessoas que viviam bem. Quase todos viviam de seus salários, mas eram mais felizes. Todas as pessoas eram bem ligadas e se respeitavam. As crianças brincavam todas juntas. Não havia distinção entre raça e cor; também não se falava em condição social.
Naquela época as escolas eram em grande maioria chamadas como: - Escolas de primeiro nível, conhecidas por Escolas Públicas da Prefeitura - Escolas Estaduais, as Escolas que tinham o curso Ginasial -primeira à quarta série. Tinham outras escolas que eram pagas.
As crianças iam á escola somente aos sete anos de idade para começar o curso primário em Escolas Públicas.
O nível escolar era o mesmo de qualquer outra escola. Não havia distinção entre cor e condições financeiras. Ao chegar à escola, todos formavam filas (masc. - fem.), para cantar o Hino Nacional em posição solene e hasteavam a bandeira Brasileira. Isto acontecia todos os dias e em todos os turnos de aula, havia escolas com até três turnos. Os alunos do turno da manhã tomavam; um dia sopa e no outro macarrão, era em dias alternados e, não saiam da sala, só para irem ao banheiro ou beber água. Ninguém reclamava! As professoras eram ótimas, nunca faziam greves, e seus alunos respeitavam sempre as professoras. Muito interessante, era o respeito que havia quando chegava a Diretora da Escola ou uma visita; todos os alunos levantavam sem fazer um barulho sequer.
No final da aula, todos levantavam educadamente e, saiam sem fazer barulho. Naquela época, a educação tinha que ter limites.
Caso o aluno faltasse, o responsável ia até a escola com o cartão do posto de saúde. A professora enviava dever de casa.
Quando os alunos terminavam o primário, faziam o curso admissão. Este curso era como um preparatório para prestar prova de classificação para cursar o Ginasial em outra escola. Era tudo que os alunos queriam: estudar e passar para a Escola Estadual. Neste percurso, as famílias dos alunos com menos poder aquisitivo levavam documentos que comprovavam a necessidade e o aluno ganhava todo o material escolar, inclusive o uniforme.
Os professores davam suas aulas com vontade de ver seus alunos interessados.
Diretores, Coordenadores, Inspetores de classe, todos conheciam seus alunos. A integração e o respeito predominavam.
Não havia Escolas Estaduais mistas. Eram escolas separadas, mas às vezes os jovens, iam esperar suas amigas na escola feminina... E a Diretora os fazia correr.
Foi assim o tempo escolar da grande maioria dos alunos daquela época. No final de curso Ginasial, a escola fazia a colação do primeiro grau. E as turmas, juntavam-se para fazer a missa e o baile de 'Gala'.
Como se vê toda aquela geração foi feliz. Dançavam, namoravam, estudavam. E a Televisão e a Geladeira, ainda não existiam. Dizem que são da melhor de todas as gerações, que chamam orgulhosamente anos dourados.
Parabéns galera do século passado! Mas não esqueçam que os tempos mudaram... E muito!
Tirando o Chapéu.

Quando lemos jornais, certamente, ficamos sempre melhor informados. E no encarte Variedades do Diário Catarinense, sobressaiu a seguinte notícia: – Primeiro Encontro Cultural em Florianópolis.
Procuramos informações e, curiosamente fomos participar daquele encontro no Centro de Eventos em Florianópolis, dias treze e catorze de abril de 2014 às 20 horas. O local estava lotado. Público selecionado.
Tratava-se de um assunto de peso; foram citados quatro nomes de: Ator – Autor – Compositor – e Crítico Teatral. Todos bem conhecidos e bem reconhecidos pelo público. Cada um mostrou seu trabalho. Houve um pequeno debate e, o palestrante que conduzia os trabalhos colocou em votação qual seria o assunto escolhido. Por unanimidade foi escolhido o Ator. Vamos conhecer um pouco do ator selecionado.
Aos sete anos de idade, aquele menino simples e bem franzino, já era um grande artista. Bem levado por natureza e, com certeza, já estava escrito nas estrelas... Ele terá um excelente futuro. Vejam o que foi descoberto... Além de ator foi cantor - autor e cineasta, quanta grandeza!
Filho de família simples e bem complicada. Perdeu seus pais bem cedo. Foi adotado e só estudou até a terceira série do curso Ginasial. Mas era muito interessado em ser artista. Estava sempre de bom humor e muito educado. Sentia-se bem vendo as pessoas felizes, seu olhar era de extrema bondade.
Apesar da sua pouca estatura, onde se apresentava trazia ao palco sempre um bom divertimento: era mágico aquele seu momento.
Respeitava todos os seus superiores, atendia todos os pedidos e, todo trabalho que fazia era sempre com sucesso.
Com tantas qualidades, cada vez mais se multiplicavam as oportunidades de trabalho. Cantava. Trabalhou em várias novelas, e, em filmes brasileiros. Nunca demonstrava que tinha problemas... E como tinha! Foi reconhecido pelo público infantil.
Este talentoso ator, respeitado por todos, deixou grande marca do seu sucesso na Rádio, na Televisão no Teatro e no Cinema. Viajando para Paris, onde iria receber um prêmio, sofreu um infarto fulminante.
Temos certeza de que onde estiver, certamente, estará fazendo a felicidade para outros merecedores de sua Arte!

Domingo, 9 de novembro de 2014.
Sempre Elis.

"Se você pretende saber quem eu sou, eu posso lhe dizer!...”.
Sou do tempo do programa "Jovem Guarda" e também dos "anos Dourados".
“Mas, não quero lhe falar do meu grande Amor e nem quero lhe contar das coisas que vivi”. Vou falar do melhor que vivi quando ouvi pela primeira vez a grande cantora Elis Regina Carvalho Costa, que nasceu em Porto Alegre – RS– no dia dezoito de março no ano de mil novecentos e quarenta e cinco. Filha de Ercy Carvalho e Romeu Costa.
 Foi a cantora mais conhecida por sua admirável presença no palco. Sua voz dava prazer ao ouvir sempre contente. Feliz, não sei, mas parecia ser muito forte e corajosa. Gravou muitas músicas fortes e seu talento sempre invejável.
Toda a música que cantava fazia ficar mais bonita, devido a sua interpretação fantástica, dando mais vida.
Eu ouvia o Programa do Guri quando apareceu Roberto Carlos como 'calouro' e é meu ídolo.  Belos tempos, belos dias. Acompanhei todos os Festivais da música popular Brasileira. Na época, eu estava recém-casada, quando a música ' Arrastão' foi campeã.
 Naquele tempo eu desenhava meu horizonte “no infinito azul do mar”, trabalhava e sonhava muito.  Enquanto isso, a cantora mais popular do Brasil casava-se com o Ronaldo Bôscoli e continuava fazendo sucesso. Mas eu acredito que a vida dos artistas famosos é muito atribulada. Muitas viagens. Shows.  Muito sucesso.   Todo esse esforço cansativo faz com que o artista sinta necessidade de descansar. Dormir para se fortalecer, se alimentar para aguentar a parada.  Só que o sucesso não pode esperar.  Vem o stress que faz com que procure forças para continuar... Sua vida foi intensa e se acabou precocemente.
“Na parede da memória esta lembrança... É o quadro que mais dói! Nossa dor é perceber que” você não está mais junto de nós, seus fãs.  Mas está talvez, melhor que nós... Cantando para o Pai Eterno. Você merece!


Domingo, 23 de novembro de 2014.
Preciso falar com Deus.

"Se eu quiser falar com Deus"... Em primeiro lugar, tenho que ser Eu mesma! Simples como sou.  Alegre e sempre de bom humor, pois este foi o melhor medicamento que recebi ao chegar aqui neste Planeta "Azul da cor do Mar!”.
 "Tenho que encontrar a Paz"... Mesmo nestes tempos: modernos, confusos... Onde acontecem alguns fatos que me causam tristezas.
 "Tenho que calar a voz"... Quando me fazem sentir como um grão de areia neste imenso mar sem fim...
 'Tenho que aceitar a dor'... Por não ter sabedoria para mostrar ao mundo que é preciso ajudar melhorar o temperamento das pessoas, aumentando, assim, o entendimento através da religião, fazendo-as acreditar mais.
 'Apesar de um mal tamanho quero alegrar meu coração' justificando que as mudanças climáticas estão provocando situações desagradáveis ao nosso Planeta... Que era tão lindo e agora está 'AGONIZANDO'.  Precisamos de ar, sol e chuva em equilíbrio.
Quero um mundo mais saudável e hospitaleiro para o futuro de nossas crianças... Estas serão a continuação do Progresso.
'Só assim não me sentirei tão só'... Mudar será a solução!
Acredito e respeito o comportamento dos meus semelhantes. Cada pessoa age como sua maneira de ser.  O importante é saber honrar nossas atitudes para no futuro não haver tantos desastres ecológicos.
Gostaria que todos entendessem que 'Humildade' não significa Fraqueza... É também ser sincero e verdadeiro.  Como também 'Simplicidade' é ser capaz de ajudar resolver as dificuldades juntos como irmãos para erguer um novo e saudável Planeta.


Sábado, 20 de junho de 2015.
As Férias se Aproximam.

Falaram no Jornal do Almoço, que, em pleno mês de junho, iria ter o veranico...
‒ Veranico? O que é isso?‒ perguntou Pedro. Pois nunca havia escutado tal palavra.
‒ Ora mano, deixa de ser "lélé”... ‒ retrucou seu irmão Léo, zombeteiro. Veranico, é... É... É... Costuma ser sempre no mês de maio. É quando chega aquele solzinho do outono. Entendeu?
Pedro, cantarolando disse:
‒ Ah! Já sei. Sabe de uma coisa? Você quer dizer: “Cada macaco no seu galho".
A conversa não parou por aí.
‒ Quer dizer que as férias estão chegando, e a vontade de viajar é grande. E logo começaram a fazer planos.
‒ Eu quero ir à Disney. Vamos mano?
‒ Não. Eu não quero viajar pra longe... É muito caro.
‒ Mas, eu quero. Você já é grande, e eu não sou grande, quero brincar. E rolou.
‒ Lé com lé... Cré com cré. Um sapato em cada pé.
Continuaram a discussão. Mas quando viram o pai acalmaram. Foi o momento em que o pai colocou os pingos "nos is" batendo com o martelo...
‒ Querem saber? Vocês irão onde nós, os pais, decidirmos, e já está decido. Iremos até a fazenda do nosso amigo Bernardo. Lá há muito o que fazer: andar a cavalo, tirar leite bem cedo para o café. Arrancar laranjas, tangerinas, cavalgar ou andar de charrete ‒ também é curtir as férias!
Todos adoraram a ideia... Como diz a lenda:
 ‒ O Galo cantou... Raiou o dia tão esperado.


Segunda-feira, 7 de setembro de 2015.
Falaram em Saudade? Será que é da Boneca de Lata?

Falaram em saudade! Será que é da boneca de lata?... Agora está difícil de cantar e sacudir ao mesmo tempo... (kkkk...). Ela é muito linda e deu muito trabalho transformar latas em boneca!... Mas foi também muito forte a fama dela. Mas eu tenho muito carinho por outras histórias, como, por exemplo, “Picote”.  É lindíssima. Fala de cuidados com o fogo... Ensina origami para crianças.
Tem também a do “Pássaro Lindo” que fala sobre a criança sem teto. O pássaro dorme no sapato.
Pessoa linda é o autor Mario Valle. E o que dizer de Rubem Alves em “O Sonho de Lili”, a elefantinha que engoliu o Sapo Gregório? E o que dizer de tantas outras histórias do livro “Uma história a cada dia”? ...Como “Alguém está vendo Você"... E o que dizer sobre a "A humildade da Flor": o Miosótis.
Foram muitas as emoções como contadora de histórias como, por exemplo, quando fui com as amigas da ACONTHIF na escadaria para contar o “Tumbador”. As pessoas que passavam paravam para ouvir contar esta história.
Tenho tantas boas lembranças deste tempo que, talvez, não voltarão mais... (Sniff!). Só saudade!
Isso tudo para terminar com o Poema de Olavo Bilac “A Vovó”: que é muita ternura.
Oh, amiga me lembrei de uma música lá do tempo de jovem, que diz assim:
"Sonhei/que Sinhá, tinha morrido/tive frio de arrepiar/tive frio de arrepiar/Desfiz/ o sonho medonho e triste/indo procurar meu amor/lá na choupana do meu sertão/ amor/amor/ Mandinga do meu sertão/lálálálálálá/amor,/amor.
Foi demais esta apresentação do coral do Colégio Estadual Bento Ribeiro, da turma de 1954, no Teatro Municipal da cidade do Rio de Janeiro... (Show, amada amiga.).
É por tudo isso que sou feliz. Cantei muito. Vivi muito sem ter vergonha de ser muito pobre. Porém tive muito amor e hoje sou como sou... Ainda feliz!


Quarta-feira, 23 de setembro de 2015.
Lembranças.

Sentei de frente ao computador para atender um convite: eu falar de mim mesma... Achei a tarefa muito difícil para fazer... E lembrei!
Lá pelo século passado, eu morava no Rio de Janeiro. Na zona norte.
Morava em uma avenida que tinham quatro casas. Eu morava com a família que gostava de mim. Fui para aquela casa bem pequena com menos de três anos. Não tinha criança naquela casa.  Nas outras casas sim. Eram maiores, eu olhava da janela outras crianças que corriam fazendo barulho. Só me lembro de problemas. Por exemplo, eu morava há pouco tempo, quando o marido da mãe adotiva morreu. Eu não entendia... Só lembro que fui parar na casa da vizinha fiquei por lá, e, depois por muito tempo, já à tardinha, eu voltei e aquela casa ficou muito triste... Não acendiam a luz. Era tudo escuro. As pessoas mãe e duas filhas moças todos os dias estavam vestidas de preto...
Não sei, tenho horror até hoje, da cor preta... De roupa preta!
O tempo passou e demoraram a tirar aquela: cor do armário. Fui crescendo, e sem poder brincar, meu irmão de verdade, ou seja, dizem é que tem o mesmo sangue chegava para me visitar, falava muito, mas eu não lembro... Eram coisas difíceis de entender, vá lá eu escutava e ele ia embora e, isso levou muito tempo. Chegou o tempo de ir à escola.  Levaram-me. A diretora pediu minha certidão de nascimento... Não entendi... Gente! Eu ouvi um movimento, procura aqui e ali... E não acharam. Agora eu lembrei... Meu irmão foi me ver e falaram com ele sobre a certidão... No outro dia, ele não apareceu. Custou a voltar para me ver, mas voltou e trouxe minha certidão.
Fomos entregar a certidão para eu começar na aula... Que já estava quase acabando naquele ano.
Sabem o que aconteceu? Na certidão de nascimento eu era sabe o quê? MENINO! Sim. Menino. Eu provo hoje, que não estou inventando.  Não vou dizer o que aconteceu, por que não vi, fizeram uma segunda via e até hoje consta no pé da certidão. Houve um zumzum... E eu fui para a Escola já na terceira série primária.
Brincar? Foi difícil.  A vida da mãe adotiva ficou muito difícil e o que eu tive das três pessoas foi muito amor. Fiz primeira Eucaristia. E todos os dias eu ia fazer compras no açougue e quitanda. Voltava torta de tanto peso, mas, escondida, eu brincava no caminho com as crianças do lugar... Até que um dia, a mãe foi atrás de mim e xulept! Veio me batendo pelo caminho... Envergonhada, nunca mais repeti aquela arte.  Com isso cresci e, comecei a enxergar um lindo menino que me olhava muito. Seu nome Lindolfo. Uma das filhas que seriam minhas irmãs se casou. Teve dois filhos que eu ajudava a cuidar.
E ASSIM FOI O MEU TEMPO DE INFÂNCIA... Que nunca pude ser CRIANÇA!... Mas hoje vivo no meio de todas elas (netos, crianças de uma creche onde conto histórias...).  Chamo-me Pequena Feliz!


Segunda-feira, 28 de setembro de 2015.
Sinto cheiro de saudade!

A vida é uma viagem... Interior do Rio de Janeiro... Sinto cheiro de saudade!
Naquela cidade simples, todos eram felizes. Tempos de fantasias, de beleza, de paz e harmonia.
Mais tarde, mudanças... Cidade grande... Como era linda aquela cidade!
‒ O mar, o céu e as pessoas!
Engraçado! A vida também parecia grande e intensa. Sabem por quê? Todos trabalhavam, eram felizes e nada faltava.
De repente, o movimento do tempo enlouqueceu os mais jovens, consequentemente. Tudo se tornou diferente... Aquela leveza da vida virou uma panela de pressão. Desentendimento com as pessoas de mais idade. Estas não sentem mais alegria. Não existe calma, sequer paciência com os idosos...
Outras pessoas mudaram suas atitudes... Correm o mais que podem e, correndo todos se tornaram parecidos... A individualidade modificou o Ser Humano... Não conversam mais entre eles, tornaram-se impacientes e parece não ter mais tempo a perder... Acham que a vida é trabalhar - correr e fazer todas as coisas a um só tempo... Com isso tudo, o cérebro deu um giro de trezentos e sessenta graus...
Com a chegada do computador e do celular as pessoas viraram máquinas: não falam, não sorriem, não são felizes como antes... Entram em seus carros todo trancado, com medo de assaltos... A vida tornou-se fria... Sem ideal!
E as crianças de hoje seguem o mesmo caminho.
Sentindo toda essa diferença, eu abraço a minha "Mô". E seguindo meu caminho vou pedindo: "Nossa Senhora/ me dê a mão/cuida do meu coração/da minha vida/do meu caminho/do meu destino/ Cuida de mim!


Quarta-feira, 25 de junho de 2014.
É... Inverno!

Para os estilistas, esta é a mais maravilhosa de todas as estações. As pessoas se vestem com muita elegância e charme. Para os pássaros, estes sofrem, pois suas casinhas no alto das árvores não são aquecidas e quando a neve chega, eles também ficam com suas penas brancas como algodão... É muito difícil para as plantas... Estas sentem felicidade é a melhor época para germinar. Meu jardim fica muito feliz, quando chega o inverno, porque as roseiras só devem ser plantadas nos meses que não trazem a consoante ‘R’. Dizem que assim as flores são mais lindas. Para nós, seres humanos, esta estação nos faz parar... Olhar o interior. É tempo de reflexão e relaxamento... É saborear aquele chazinho de maçã com canela que combina com o barulhinho das goteiras na janela... É o encontro da música com a saudade dizendo assim: A chuva caiu, caiu lá na serra! Lavou o meu rosto, molhou toda a terra, a chuva caiu dentro de mim também, lavou meus pecados, me fez querer bem!O inverno vem e vai. As mágoas também vêm... Corroendo o coração. Mas vão... Só meditando encontramos solução. O frio, a chuva, e o vento levam as dúvidas, e as tristezas calcificadas pela natureza.É no aconchego do lar que agradecemos a natureza pela oportunidade que temos de rever nossas atitudes e modificar nosso comportamento.


Segunda-feira, 13 de janeiro de 2014.
Tempos de Vida.

Tempos de vida. Tempos de férias, de pensar e descansar... Será? Acho que o tempo não espera por ninguém; nós, sim, é que esperamos por ele... Todo o tempo.
Ontem, já aconteceu a história... Amanhã será uma nova. E que ainda é um mistério... Hoje... Ah! Hoje sim, é real; é dia de agradecer tudo que vier de bom ou ruim. Netos! São dádivas de Deus, como a saúde, a fé, a alegria, vibrar com as emoções, rir o mais que puder... Esse é o nosso presente - palavra que dá alegria... Quem não gosta de presente? É também chorar com os acontecimentos do cotidiano.
Sempre amei a natureza, em especial, os pássaros. Quem criou toda a natureza com tanta grandeza, também colocou tempo para tudo e todos, pois é, foi aí que fiquei triste. Já houve um tempo em que fiquei com uma criação de pássaros, vimos todo o processo, minha criança assistiu tudo: do namoro ao ninho, do ninho aos ovinhos e, dos ovinhos eles saindo da casca; ela viu como alimentavam os pequeninos pássaros... Eram lindos e bem amarelinhos claros e outros mais escuros. Outras amiguinhas entravam e saíam de minha casa para vê-los... Que bons tempos!
Passou muito tempo e, ganhei, em julho de 1995, um canário amarelo e outro vermelho; seus nomes: Amadeus e Pavarote. Já sabemos como cantavam... Eram lindos. Enfeitavam a nossa varanda... E como cantavam!
Todos nos apaixonamos. Leonardo quando pequeno, dizia:
– Ama, vamos soltá-lo? Tenho pena dele na gaiola, Ama!
E continuou lá, falei e expliquei que esses pássaros só vivem em cativeiros, soltos, eles morrem... Léo aceitou. E como cantavam. Nasceu o mano Pedro, acostumamos mostrando e eles cantando muito. O tempo passou: tudo igual. Um dia, o Amadeus, o amarelo, ficou doente. Cuidei: comidinha e água no bico. Só que ele não subia mais no poleiro e mesmo assim cantava. Continuaram. Separei Amadeus do Pavarote.
Num domingo, em dezembro, quando fui limpar as gaiolas, o amarelo estava duro e parado! Ficamos muito tristes e meu marido enterrou. Quatro dias depois, foi o outro... Talvez de saudade.
E, foi assim que passei aquele tempo de vida ouvindo meus cantores Amadeus e Pavarote... E sentimos tanta falta!
“Por isso eu digo obrigada, Senhor
mesmo que eu chore, obrigada Senhor,
Agradeço, obrigada Senhor.
Por mais que eu sofra, obrigada Senhor.”.


Segunda-feira, 13 de janeiro de 2014.
Ano Novo...

– Como estará o mundo lá fora?
– Em grande desentendimento? Ou em uma grande festa, com novos momentos?
– Quem saberá responder o que pergunto?
Sei que o mundo todo está de aniversário... Nas ruas, nas praias, em todos os lugares e, todos de branco ao vento.
Começou uma contagem regressiva: 5, 4, 3, 2,1...
Foguetórios, champanhes, abraços... Até crianças brindaram a chegada do ano que começou...
“Hoje a festa é sua, é nossa, é de quem quiser, quem vier!”
Pessoas de outros lugares chegaram e se abraçaram.
Lá de longe, bem longe, a queima de fogos começava...
A alegria contagiou todos que ali estavam...
E, bem baixinho uma súplica:
– Para sermos felizes de verdade, precisamos de boas atitudes e de muita saúde!


Florianópolis, 30 de maio de 2016.
Amado Fusca, AF-2818, Ano: 1978. Cor: verde água.

Na mocidade todos temos saudade dos "tempos que passaram". Na Gaveta das Lembranças guardamos o tempo em que passamos juntos das crianças até se tornarem jovens e maduros.
Junto com adolescentes meio "aborrecentes" costumamos viver muitas alegrias, brincadeiras e até segredinhos, também não quer dizer que não existiram momentos tristes que é difícil não ter.
Houve um tempo que era só praia, se o sol estava visível tudo legal... Mas quando não havia o "Sol" a cantoria corria solta: "Viva o sol/ o sol da minha terra/ vem surgindo/ atrás da linda serra"... Legal! Logo vinha o esperado sol.
Mas, às vezes surgiam problemas... Medo ‒ Susto ‒ Pneu furado (?)... Chama o guarda! Eh! "Seu" Guarda ajudou!
As festas noturnas. Idas e vindas com horário programado. Um dia, grande susto, era dia de 'festa das bruxas' o local assustador, tudo escuro. Tudo fechado. O pensamento das duas mães juntas era de voltar para casa...
Um suspense daqueles. Com o coração na mão; ficaram. No momento em que fomos buscá-las a novidade:
‒ A Casa da Festa, estava toda iluminada.
Nas férias escolares e dos que trabalham para o "pão nosso de cada dia" também precisa passear e fomos nós no AF-2818, até o Rio de Janeiro sendo que: o motorista era o paizão!
Pessoal, na Serra quase parava... Cansado! E, como faltava chão até chegar. Valente como era nosso "AF-2818" nunca nos deixou na estrada. Com Chuva ou com Sol!
Chegamos ao RJ, lotava com mais quatro pessoas... Que naquele tempo, não havia cinto de segurança muito menos guarda para vistoriar. Lá íamos para o "TIVOLI PARQUE” era a alegria das crianças. No final do dia voltavam cheios de assuntos.
Voltávamos e acontecia tudo igual, mas sempre chegamos muito bem. Nós tivemos problemas, mas o "AF" nunca!
Esta pequena estória serve para dizer que meu "Amado FUSCA” sempre protegeu nossa união e relação com nossas crianças... Foi uma grande parceria:

‒ FAMÍLIA E SEGURANÇA! FAÇAM COMO EU FIZ, SEUS FILHOS IRÃO AMAR!


Cartas de Amaridis


Domingo, 03 de agosto de 2014.
Amada filha,

Descobri que viver e amar é demais! Entenda:
– Sem você minha dor, sou capaz de dizer... Sem ti não há vida!
Mas, como quero viver, aceito. Ter dor faz parte da vida! É ter sabedoria... As lágrimas espantam as tristezas. Trazem a grande ilusão de que um dia não existirão mais. A alegria voltará um dia:
– Porque na dor existe a fundamental palavra de que foi resgatado algo de vida e, assim voltarei a sorrir para a vida com meu amado neto, filha, pai e genro com alegria de verdade.
Meu coração bate forte como o tambor... E ele diz que é preciso paciência para entender que sem dor nunca venceremos o medo e que lamentar é pecado. Dor é sinal de alerta.
ALERTA significa: parar, pensar e procurar solução. E eu entendi. Hoje, às 8 horas fui ao Doutor ‘X’, pois ele me ajuda. Levei meu exame: ele não gostou nada... E disse que meu braço ficará bom, mas levará dois anos para eu voltar aos movimentos. Abalou-me muito, mas irei marcar o médico indicado para tratar. Chorei!
Mas entendi que é preciso e que tudo é da MELHOR IDADE!
Filha, não se preocupe, sou assim e seu pai muito me apoia... E por tudo isso, agradeço a Deus a família que tenho. Sou a mesma. Mas cada dia um pouquinho menos rápida. Amo-a. Agradeço por ter condições de tratamento, graças ao seu grande pai.
AMO VOCÊS!

Sua mãe que a AMA.


Segunda-feira, 12 de janeiro de 2015.
Carta para um sobrinho.

Um dia eu escrevi um sentimento muito forte, que veio do meu interior e que ficou mais ou menos assim:
É engraçado. Sou muito medrosa, mas sempre encarei a vida com muita coragem...
Tive a ousadia para tentar transformar coisas difíceis em verdadeiras maravilhas.
Até consegui ser AVÓ.
Tive forças para não fazer simplesmente o que outras pessoas gostariam que eu fizesse... Cresci.
Apanhei muito, mas venci. Lutei, teimei, querendo lutar por um ideal. Foi difícil, mas consegui.
Mesmo parecendo tola. Consegui demonstrar meus sentimentos com meus pés daquele chão com cheiro de terra e continuei vencendo. Quero continuar levantando aquela bandeira que me deu segurança para poder dizer:
‒ Eu fui feliz na pobreza. Eu sou feliz com o que temos hoje. Eu quero continuar feliz com minhas dificuldades físicas.
Eu quero agradecer a Deus toda a felicidade que ele me deu todo esse tempo que vivo junto de toda essa família que ele me deu:
‒ VOCÊS!
                                                 Tia Amaridis.

Sexta-feira, 22 de maio de 2015.
Amiga Edna, boa tarde!

Há setenta dias não sentava à frente do meu computador.  Estava morrendo de saudade de tudo e de todos... Como é triste sentir saudade! ... É sentir dor duas vezes.
Mas aos poucos estou tentando retornar... Afinal o computador, os amigos não têm nada a ver com o nosso silêncio.
Quero falar de uma coisa/Adivinha onde ela anda/Deve estar dentro do peito/Ou caminha pelo ar/Pode estar aqui do lado/Bem mais perto que pensamos/ [...] /Há que se cuidar da vida/Há que se cuidar do mundo/Tomar conta da amizade/Alegria e muito sonho/Espalhados no caminho.
Adorei, amei o texto que a professora da Oficina Literária enviou a nossa amada colega Sandra. Gostaria de saber como está passando a família de Sandra depois do acontecimento (perda de seu ente querido)... E, certamente, a pequena Tereza estará fazendo sua Vovó diminuir sua tristeza com suas gracinhas.
Nosso grande amigo Nestor deve estar babando de felicidade com a linda netinha Helena, cada dia mais fofa!
E que legal, o texto pra frente da nossa amiga L. sobre amor na terceira idade, eu achei porreta (como se diz na gíria na Bahia).  Bem certo!
Como vê amiga, o tempo não para, por isso compreendi que ficar esperando o pé desinchar é ser boiola e já estou no andador (com dor!), mas quero lutar pela minha liberdade... Xô sexta-feira dia 13!  Tô fora. Nunca mais!
Amanhã volto mais um pouquinho para curtir o computador. Meu novo amigo o Andador está me olhando para eu voltar ao sofá!
            Beijão, da A.


Terça-feira, 1 de setembro de 2015.
Retalhos de Uma Vivência: Carta para Marli Barcelos da Costa

Marli,

Nas nossas andanças dentro e fora, do NETI, no tempo do     curso de Contadores de Histórias, passamos por muitos lugares. Conhecemos muitas pessoas... Umas ficaram onde as encontramos, outras, carregamos em nossas bagagens... Aprendemos muito com cada uma delas. Rimos e até choramos e nos abraçamos ouvindo alguns conselhos que nossas histórias traziam. Muitos baldes enchemos! Mas, cada vez mais nossos elos de amizade nos uniam e cantávamos assim:
“Todos juntos somos fortes, Não há nada a temer".
Nossa caminhada foi longa, como uma pequena viagem diária... E o nosso 'trem' fazia assim: PIUÍ! Bom dia! - Como está você?...Cada uma trazia nas mãos a sua bagagem; e que bagagem! Muitas Professoras experientes, com anos trabalhados... Cheios de lutas e vitórias. Mesmo cansadas, não reclamavam quando eram escolhidas a dedo para atender um trabalho voluntário... Saíam todas bem dispostas e cheias de coragem para enfrentar aquele dia de boas surpresas... (Ou não?)... Sempre cheias de amor para distribuir.
As bruxas, sempre do Bem, eram umas três... Suas risadas contagiavam. Lembro-me de que uma delas tinha compromissos com a família e nem sempre estava presente... Estou falando de você, Marli. Ainda me lembro dos nossos encontros... Um deles foi a comemoração do aniversário da ACONTHIF, em sua casa de praia. Que lindo encontro foi aquele. Quanta energia. Foi mágico!
Costumo guardar as boas lembranças na gaveta dos "Bons Sentimentos". O tempo passou depressa, a vida mudou... Chegaram as dores, com elas as energias foram diminuindo. Hoje, lembramos aqueles tempos e sentimos que cumprimos uma linda missão: aquela que sempre sonhamos - levamos a vontade em demonstrar que SOMOS TODOS IGUAIS! Guardei toda essa passagem na gaveta do Passado que sempre será o nosso Presente.
Infelizmente, o tempo não para... Com ele chegamos ao tempo das Perdas. Tristezas tomam conta das nossas forças e nossos pensamentos... Queremos lutar! E não conseguimos.  Eis que chega a hora de virarmos uma "ÁGUIA"... Lembra-se desta historinha? Pois é, amiga, pedimos forças! Sentimos “uma força estranha no ar...”.
"E vem, vem uma luz!.../Essa luz/Só pode ser Jesus!...”.
Depois de tantos sofrimentos só podemos e devemos agradecer àquele Ser Maior que é Deus! E ele bem baixinho virá ao seu ouvido querida amiga e faz você entender que a vida é saber:

LUTAR - PERSEVERAR - VENCER
Grande abraço, da Amaridis (AMA).


Florianópolis, 23 de setembro de 2015,
Amada criança,

Tu que sabes sentir o Amor no AR! Teu tempo de menina foi uma pequena estrada, cheia de situações que pareciam diferentes.
Tornou-se tão simples, que tiraste de letra todas as proezas que talvez te tornaram mais madura e compreensiva.
A vida tornou-se mais prática ao teu entendimento.
As dificuldades de outrora se tornaram grandes relíquias para a vida.
Transformou toda aquela apatia em valores para levar à vida.
Guardas no coração a alegria de ver o tempo passar sem pressa! Só precisa encontrar tempo para arrumar as malas e agradecer a DEUS esse tempo que ele te deu para distribuir amor.
Hoje (setenta e muitos anos depois), cantas para ti mesma assim:


"Alguém como tu/Assim como tu/ Eu preciso encontrar/ Alguém como eu/ de olhar como o teu/ e que faça sonhar/.


Poetas Preferidos de Amaridis
Segunda-feira, 2 de setembro de 2013.
Amados Poetas.

“Estava à toa na vida, o meu amor me chamou, pra ver a banda passar, cantando coisas de Amor!” Aí CHICO!

Em seguida encontrei Roberto cheio de amor assim:

"Quem me dera que a vida fosse feita de ilusão, posso até ficar maluco ou morrer de solidão... É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer. É preciso saber viver."

"Vida, vida, vida! Seja do jeito que for.”
É...
"E a vida vai levando! a vida vai levando! A vida vai levando essa manha!"

Aqueles momentos de espera me fizeram lembrar as palavras que Léo Cunha me escreveu:

"Poeta tem mão de fada.

Quando ele escreve, a caneta

Voa que nem borboleta,

Vira vareta encantada.

Não é mais caneta, não,

É varinha de condão. "

Mas, como gosto de ler e reler, conheci Castro Alves que disse assim:


"Oh! Bendito o que semeia

Livros à mão cheia

E manda o povo pensar!

O livro, caindo n'alma

É germe – que faz a palma,

É chuva – que faz o mar!

Com tanta sabedoria, me disse Fernando Pessoa:

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo"


Juvenal Galeno, meu eterno sonhador, esperanças quis me dar dizendo:
" Se a liberdade suspiro

Vens liberdade me dar.

Se fome tenho - ligeira,

Me trazes para pescar!

Minha jangada de vela,

Que vento queres levar?"

E me lembro dos bons tempos de Meninice relendo o que Manuel Bandeira escreveu para mim.

"Na feira-livre do Arrobalzinho

Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor:

-"O melhor divertimento para as crianças!"

Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres,

Fitando com os muitos redondos...

Os grandes balõezinhos muito redondos.

Foi neste momento que Casimiro de Abreu declamou para mim assim.

"Oh! que saudades que tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais!

Que amor, que sonhos, que flores

Naquelas tardes fagueiras

A sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais!”

Não podia deixar de falar da minha amiga e irmã, que tanto me aconselhava... Henriqueta Lisboa.

"O tempo é um fio

Bastante frágil.

...Um fio bastante fino,

Que à toa escapa.”

Mas, meus grandes amores, por que falar da vida... se ela foi tão boa. Deixou-me algumas dores, mas muito mais alegrias nesta vida. Hoje, o que mais agradeço: a chegada dos meus dois netos, pois com eles a minha vida ficou deliciosa de viver. Por isso tudo, meus eternos amores, deixo aqui nessas linhas as canções que guardei da minha melhor fase da vida!

No meu tempo de juventude, onde estudei tinha orfeão artístico. E, em homenagem ao já falecido Maestro Villa Lobo, cantamos algumas músicas.

E, a música de que eu mais gostava, era assim:

“Papai, eu quero me casar (outras vozes faziam os arranjos).

Mamãe eu quero me casar (com quem?).

Com o turco da esquina

Que tem bigodão!”

Hoje, eu canto para as crianças assim:

– “Uma folha qualquer eu desenho um sol amarelo

E com cinco ou seis retas eu faço um castelo...

Se um pinguinho de tinta cai no azul do papel

Num instante uma gaivota vai voar no céu.”

A vocês, Grandes Amores da Minha Vida, quero agradecer e dizer o quanto aprendi.


Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), é conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira (MPB). Sua discografia conta com aproximadamente oitenta discos, entre eles discos-solo, em parceria com outros músicos e compactos.Venceu o Festival de Música Popular Brasileira com a música A Banda.

Roberto Carlos Braga é um cantor e compositor brasileiro. Um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, ele foi um dos pioneiros no Brasil do movimento rock'n'roll surgido nos Estados Unidos ao longo da década de 1950 Álbuns: É Proibido Fumar, Roberto Carlos, 30 Grandes Sucessos, 30 Grandes Canciones, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, Roberto Carlos - Águia Dourada, Roberto Carlos - A Janela, Roberto Carlos - Rotina, Pra Sempre, En Vivo, San Remo 1968, Compilação, Roberto Carlos '88, Roberto Carlos canta para a juventude, O inimitável, Pra Sempre Ao Vivo No Pacaembu, Inolvidables, Robero Carlos Ao Vivo, Roberto Carlos e Caetano Veloso e a Música de Tom Jobim, Canta Sus Grandes Éxitos, Todos Sus Grandes Éxitos (Sus 20 Mejores Canciones), Antología: Todos Los Grandes Éxitos, 10 Años de éxito, Acústico MTV, Amor sem limite, Jovem guarda, Personalidad: 20 Éxitos, Roberto Carlos: Duetos, Pra sempre: Ao vivo Pacaembu, En español, Splish Splash, Grandes exitos, Louco por você, Seres Humanos.


Léo Cunha (Leonardo Antunes Cunha)  nasceu em Bocaiúva, em 05 de junho de 1966. É escritor, tradutor e jornalista brasileiro. É autor de Haicais para filhos e pais. Rio de Janeiro: Record, 2013. Também já participou em dezenas de coletâneas de poemas.


Antônio Frederico de Castro Alves foi um poeta brasileiro que nasceu numa fazenda que hoje é um município que se chama Castro Alves (Bahia), em 14 de março de 1847. Estudou na Universidade de São Paulo. São suas obras poéticas: Espumas Flutuantes, Esteira de espumas, Os melhores poemas de Castro Alves, O canto das esferas namoradas: os melhores poemas de Castro Alves, ESPUMAS FLUTUANTES E OUTROS POEMAS, Os escravos, A cachoeira de Paulo Afonso, Navios negreiros, Poesias completas, Espumas flutuantes, &, Os escravos, O NAVIO NEGREIRO E OUTROS POEMAS.
Fernando Antônio Nogueira Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa (Portugal). Fernando Pessoa usou em suas obras diversas autorias. Usou seu próprio nome (ortônimo) para assinar várias obras e pseudônimos (heterônimos) para assinar outras. Os heterônimos de Fernando Pessoa tinham personalidade própria e características literárias diferenciadas. São eles: Álvaro de Campos – era um engenheiro português de educação inglesa. Influenciado pelo simbolismo e futurismo, apresentava um certo niilismo em suas obras. Ricardo Reis – era um médico que escrevia suas obras com simetria e harmonia. O bucolismo estava presente em suas poesias. Era um defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina. Alberto Caeiro – com uma formação educacional simples (apenas o primário), este heterônimo fazia poesias de forma simples, direta e concreta. Suas obras estão reunidas em Poemas Completos de Alberto Caeiro.

Obras de Fernando Pessoa: Do Livro do Desassossego;  Ficções do interlúdio: para além do outro oceano; Na Floresta do Alheamento; O Banqueiro Anarquista; O Marinheiro; Por ele mesmo.


Juvenal Galeno (1836-1931), é citado como "o pioneiro do folclore no Nordeste", a poesia romântica de Juvenal Galeno extrapola o lirismo de caráter pessoal, para cunhar uma dicção popular, de sabor interiorano, em que retrata o Brasil dos pequenos e dos simples. A originalidade do poeta, em sua época, vai ainda para o reaproveitamento da tradição trovadoresca, através das trovas e quadras anônimas.


Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho foi um poeta brasileiro. Nasceu em 19 de abril de 1886, Recife, Pernambuco. Obras: Estrela da Manhã, Para querer bem: antologia poética de Manuel Bandeira, Crônicas inéditas: 1920-1931, Guia de Ouro Preto, Estrela da tarde, Testamento de Pasárgada: antologia poética, Crônicas da província do Brasil, Meus poemas preferidos, Poemas religiosos e alguns libertinos, Belo belo e outras poemas, Itinerário de Pasárgada, MANUEL BANDEIRA - ANTOLOGIA POÉTICA, 50 poemas escolhidos pelo autor, Vou-me embora pra Pasárgada: poemas escolhidos, Libertinagem e Estrela da manhã, Manuel Bandeira: Apresentação da poesia brasileira, As meninas e o poeta, EDSON NERY INTERPRETA MANUEL BANDEIRA, Antologia poética, NA RUA DO SABÃO, Bandeira de bolso: uma antologia poética, Berimbau: e outros poemas.


Casimiro José Marques de Abreu nasceu em Silva Jardim,em  4 de janeiro de 1839. Foi um poeta brasileiro da segunda geração romântica. Seus versos mais famosos do poema Meus oito anos: Oh! Que saudades que tenho/da aurora da minha vida,/ da minha infância querida/que os anos não trazem mais!/ Que amor, que sonhos, que flores,/naquelas tardes fagueiras,/ à sombra das bananeiras,/ debaixo dos laranjais!

Henriqueta Lisboa foi uma poetisa brasileira que nasceu em Minas Gerais, em 1901. São suas obras poéticas: Reencontro com o Menino Poeta, Flor da Morte.


Heitor Villa-Lobos foi um maestro e compositor brasileiro. Nasceu em 5 de março de 1887, no rio de Janeiro. Destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música. Composições: Bachianas brasileiras, O Trenzinho do Caipira, Yerma, Magdalena: a Musical Adventure, Bachianas Brasileiras No. 4, Bachianas Brasileiras No. 5, Bachianas Brasileiras No. 1, Bachianas Brasileiras No. 8, Bachianas Brasileiras No. 9, Bachianas Brasileiras No. 2, Bachianas Brasileiras No. 3, Bachianas Brasileiras No. 7, Bachianas Brasileiras No. 6.



Poemas de Amaridis


Domingo, 23 de agosto de 2015.
Acrósticos para Edna.

Ela é cheia de ternura!
Diz gostar da nossa alegria.
Nossos trabalhos ela sempre valoriza e
Assim lhe somos muito grata.

Dá vida aos nossos trabalhos,
Os assuntos: - diversos... E,
Muito cheios de amor!
Encontramos esta pessoa,
No tempo que Deus nos consagrou.
Indo e vindo com os mais jovens,
Como num jardim em flor... E como nós...
Ainda cheia de dor!

Mostrando sua paciência
Está sempre ao nosso lado,
Registrando o que está certo,
Olhando com todo cuidado
Lindos trabalhos surgiam...
Amiga, obrigada por tanto amor!


Sábado, 28 de setembro de 2013.
A Pequena Feliz e o Poeta, no Pequeno Mundo.

Pequena que brinca,
Descalça na terra molhada,
Empinando uma pipa que sabe soltar.
Olhando pro alto,
De tanta alegria, a voz da menina se fez soar
Olhando a pipa, no alto a dançar,
Presa pelo fio que a deixa voar!
Poeta! Venha! Venha poeta!
Ajuda-me poeta,
Ajuda-me a cantar.
Aquele poeta, que viu a menina,
Correu e a seguiu.
Juntou-se à pequena feliz
E juntos, abraçados,
Começaram a cantar "Pequeno Mundo":

"Para ser feliz é preciso ver
Este mundo azul na imensidão
É fazer das tristezas estrelas a mais
E do pranto uma canção...

Há um mundo bem melhor
Todo feito pra você
É um mundo pequenino
Que a ternura fez.

Para ser feliz é preciso amar
E ver cada estrela no céu brilhar
E deixar que a ternura invada seu ser
E na paz de Deus viver..."


Quinta-feira, 24 de outubro de 2013.
Que o amor não passa.

Não sei se vivi ou se sonhei...
Que o meu amor não passa!
Às vezes, quero te esquecer.
... Mas meu amor não passa!
É a música doce linguagem.
E a lágrima... O momento triste da dor...


Sobre o elemento terra. 31/10/2013.
Ninho.

Era uma linda manhã e o sol a brilhar,

A natureza espalhava seu perfume no ar,

E nosso pequeno grupo começou a se separar.

O ar agradável da estação me fez sonhar.
Tranquilamente escolhi o meu caminho,
Subi, desci, humm! Custei achar!

Só consegui parar quando encontrei um ninho...

Que estava sobre uma caverna. Fui olhar.

Entrei, a escuridão e o silêncio me arrepiaram,

Procurei ar para respirar... Não encontrei.

Cuidadosamente acendi a fogueira e clareou,

Fiquei sufocada... Saí!

Naquele vento respirei.

Senti o sopro da vida interna.

Pisei no barro gelado e pensei:

– Sou artesã e nem sei!

Com aquele barro sobre a perna,

Um lindo vaso de flores confeccionei,

E ao meu amor eu dei... Que estava sobre.


Novembro de 2013.
Poema

Hoje eu me sinto assinalada para
Escrever sobre o que vivi na sala de aula.
Senti uma energia envolvente.
Falamos de sentimentos e de gente...
Conseguimos juntar pensamentos distantes,
No meio de pessoas simples, porém elegantes.
A vida é cheia de lamento...
É preciso ter paciência e calma...
A solução virá como o vento:
Só tendo muito amor na alma!


Dezembro de 2013. Se eu fosse Mamãe Noel.

Ah!
Se eu fosse

Mamãe Noel...

somente hoje...

Elevaria meu pensamento ao céu,

E, olhando para o infinito diria: Socorro!

Não permita, Senhor, que maltratem

E que abandonem seus filhos pequeninos.

Pediria também, Senhor, que as pessoas

Soubessem que criança precisa ser amada,

Respeitada... Nós, também já fomos crianças!

Pediria perdão para os pecadores... Talvez assim,

Todos conseguissem trazer de volta o progresso, a paz, a alegria.
E assim, o mundo seria mais humano,
mais perfeito...
e Feliz...

Quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Ninguém Tem que Achar Ruim. Paródia.

Ninguém tem que me chatear...
Você não tem razão
De me chatear...

Mais uma emoção
Eu vou te dar.
Se eu gosto de ler
Não quero ver
Você reclamar
Tirando a televisão
Daquele lugar.

Vem cá meu bem querer,
Não vá pensar que ler,
Não vai fazer você
Também dormir e sonhar
Apareceram exclusivamente para mim
Você também se por acaso"
Entrar na minha leitura,
"Talvez você até ocupe o meu lugar
E bem feliz eu posso

Até te encantar!

Domingo, 28 de setembro de 2014.
Acróstico para Lupicínio Rodrigues

Lembro ainda,
Uma música do
Passado.
Invento cantando
Com muita emoção
Insisto  e canto
No meu peito...
I 'nda  mora,
O som da 'Felicidade'


Recordo...
O 'pensamento parece uma coisa à toa'
Daquela música linda,
Rica em fantasia,
I 'nda mora... porque sei que a falsidade...
Gostei! ...a falsidade não vigora!
Um dia sonhei...
E volto a dizer! que
Saudades de outrora!


Quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Acróstico "A PRIMAVERA".

A legria e Beleza...

P rimeiro te saúdo!
R espirando este ar saudável.
I nspirarada na alegria deste mundo,
M e sinto feliz assistindo esta beleza encantada.
A ndando em meio a natureza profunda
V ejo pássaros felizes dançando e cantando,
E as flores se abrindo e embelezando.
R io feliz e canto a poesia que diz:
A legrem-se todos!  Esta é a estação do AMOR!


01 de setembro de 2014.
Na Minha Casa é Assim...

Na minha casa todo mundo é forte,
Todos se ajudam,
E são bem felizes.
Respeitando os semelhantes
Aprendendo com  as pessoas,
Suando a camisa no trabalho,
Para nada faltar.

Vivendo em comunhão
Não existe confusão.
Se há brigas é para desfazer
Mal entendido sem superstição.
No final de tudo,
Reza-se uma Ave-Maria.
Se tem alguém doente,
Pede SOCORRO ao SAMU
Se der tempo, será salvo...
E, depois de tantos desencantos,
Esperamos  descarregar  a adrenalina

E voltar a cantar!


Texto inspirado na letra da música Casa de Bamba

Na minha casa
Todo mundo é bamba
..................................
Se tem alguém aflito
Todo mundo chora
Todo mundo sofre
....................................
Mas se tem alguém cantando
Todo mundo canta
Todo mundo Dança
Todo mundo samba
E ninguém se cansa
Pois minha casa
É casa de bamba

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014.
Nascimento.

Lá, bem longe.
Bem no interior do Rio...
Só que era mês de Setembro,
A hora ninguém sabe dizer.

O alvoroço na casa pobre se fez,
Outras duas crianças corriam,
Chamaram a Parteira... Que demorou!
E a pequena quis logo chegar.

Era bem pequena, que mal cabia,
Nos braços da mãe... Que bem apressada,
Nascia aos sete meses gestados.

Correria total, a chegada mal esperada.
Mas o Universo deu a chamada geral.
Naquele dia chegava talvez,
Uma minúscula pessoa, mas muito legal.
Cresceu pouco!
Mas aos poucos, seus irmãos cuidaram,
E todos mudaram para a Capital,
Até a data atual eles se encontram
Para festejar o Natal.


Terça-feira, 16 de setembro de 2014.
Não me esqueça num canto qualquer. (Inspirado na Música  O Caderno, de Toquinho).

Já caminhei na vida e
Te conduzi até o bê-á-bá.
Em todos os encontros de tua vida
Eu quero estar.
O teu crescimento eu quero guardar...
A praia o cinema e outro lugar.

Eu fui sua colega,
Seus problemas ajudei a resolver.
Também enxuguei seu pranto e o
Nosso pranto molhou meu papel.

Hoje, eu só preciso que você me entenda...
Envelheci e o meu sorriso é triste só
Quando não vejo você...
Minha vida é esperar o domingo chegar...
Se não vem, pego lenço a chorar.

Meus passos são mais lentos.
E se isso der prazer, sua infância quero guardar.
Saudade das alegrias chegando devagar
e você não vê.
A vida segue em frente...
O que hei de fazer?

Só peço a você um favor
Se puder...
Não me esqueça num canto qualquer!

Só peço a você um favor
Se puder...
Não me esqueça num canto qualquer!


Amarelo Dourado no Verão

...Nos campos de uma beleza sem par,
Destacou-se uma sublime imagem.
Eram flores colorindo um pomar,
Alegrando meus olhos numa linda viagem.
O amarelo dourado do sol,
Cintilando entre o prado,
Encheu-me de saúde.
Sentindo o vento bater ao meu lado!

Olhar o azul do céu é um acalento,
Cobrindo o solo da terra e o ar.
Veio uma lembrança em meu pensamento,
Que ele também, cobre o mar!
Às vezes, me assusta escutar,
Que o vento traz muita chuva,
Que enfurece até o mar.
E na terra, uma pobre viúva,
Planta feliz sua parreira,
Até, dá água na boca, a uva
Que aquela parreira dá!


O Despertar...

...Só sei que acordei,
e, muitos beijos ganhei.
sem saber onde estava,
Vi muita neblina escondendo
O céu - a terra - e o mar
Sinto uma alegria sem par,
A todos, flores quero dar.
Minha família vou sempre amar
pois, muitas primaveras hei de ver chegar.


Criação

Dó é luz é vida abrindo espaço pra cantar,
Ré: o calor da terra, saúde força pra vencer!
Mi: ternura e emoção...
Fá: falar com o coração.
Sol: abrindo meus pulmões!
Lá é melhor do que aqui...
Se eu puder vou ser mais feliz!
Dó dou um abraço e é só!
DÓ - RÉ -MI - FÁ -SOL -LÁ -SI - DÓ
(Com a música do filme 'A Noviça Rebelde').


Domingo, 23 de agosto de 2015.
Acróstico para Edna.

Ela é cheia de ternura!
Diz gostar da nossa alegria.
Nossos trabalhos sempre valoriza, e,
Assim lhe somos muito grata.

Dá vida aos nossos trabalhos,
Os assuntos: - diversos... e,
Muito cheios de amor!
Encontramos esta pessoa,
No tempo que Deus nos consagrou.
Indo e vindo com os mais jovens,
Como num jardim em flor... E como nós...
Ainda cheia de dor!

Mostrando sua paciência
Está sempre ao nosso lado,
Registrando o que está certo,
Olhando com todo cuidado
Lindos trabalhos surgiam...
Amiga, obrigada por tanto amor!


Luz!

No céu eu vi um lírio,
Cheio de luz distribuindo amor...
Massageando meus chakras, respirava ar puro.
Meu corpo tornou-se são, graças a ele: Jesus.
Se hoje sou saudável e feliz; sabem por quê?
Todos os meus sentidos giravam,
Em torno daquela Gota de Luz que é Deus!


Domingo, 28 de setembro de 2014.
Acróstico: Bossa Nova!

B om lembrar!
O dia ´'Pra vadiar...
S ob a luz do luar, ou,
S em você, ' meu amor, eu não sou ninguém...
A o sol que arde em Itapoã!
 
N os dias de sol;
O bom samba é uma forma de oração.
V em ver à vida...
A mor! ... Volta querido: Sem você meu amor eu não sou ninguém...


2013. Edna Domenica Merola entrevista Amaridis de Souza Mello.
Identificação da entrevistada: Amaridis de Souza Mello, 74 anos, virginiana, aposentada

Histórico de sua Participação Voluntária em Projetos:
Ainda bem pequena, 8 a 10 anos, ajudava minha mãe adotiva a pintar penas de aves, em casa, para uma escola de samba 'Unidos do Cabuçu - RJ. Era muito gratificante. Dali, minha mãe tirava alguns trocados para ajudar na alimentação. Estudei, trabalhei, casei, fui mãe. Mudamos de cidade, do Rio de Janeiro para Florianópolis em janeiro 1975. Chegar em outra cidade, com a família foi como nascer outra vez. Deixamos todos os familiares. Então resolvi fazer alguma coisa diferente, enquanto minha filha estava na escola. Iniciei um Curso de Estética Facial no SENAC durante 6 meses, após o curso, atendia algumas pessoas que já conhecia, como brincadeira, e era sem fins lucrativo. Achei estranho esta ocupação, pois não crescia em nada. Desisti.

Eu tinha uma amiga que veio em condições iguais às minhas ( Transferência de Emprego do marido, os filhos já eram maiores). Um dia, conversando com ela, resolvemos sair à procura de algo que nos fizesse bem. Surgiu o primeiro trabalho voluntário, na Creche LAR RECANTO DO CARINHO, na época (1984) era uma casa antiga em Coqueiros, que abrigava mais de dez crianças Soropositivo. Nossa função, era dar mamadeira, segurar no colo, brincar, etc. Próximo do ano de 1990, o Governador Wilson Klainobim inaugurou um espaço muito bom e, até os dias de hoje está na Agronômica. Como as crianças faziam tratamento no HOSPITAL INFANTIL, eu fui como voluntária também, por 11 anos.

Projetos dos quais participa hoje:
Hoje, participo de dois projetos: continuo fazendo enxoval de bebê para Mães Carentes. Este é projeto que saiu de dentro do NETI, quando fizemos um curso de Crescimento Pessoal.
Faço parte de outro projeto que saiu de dentro do NETI, Contadores de Histórias. Criamos uma Associação: ACONTHIF - Associação dos Contadores de Histórias de Florianópolis. Os membros da associação são contadores de histórias voluntários, em escolas públicas. Gosto muito do que faço.

Entrei no NETI, em 1994, a procura de uma nova ocupação, e de lá é muito difícil, querer sair.
Fiz os cursos; Gerontologia - aprende-se várias matérias que são de nosso interesse.
- Curso de Interação Humana - Muita leitura. para mim a melhor delas foi " Cartas do Caminho Sagrado"
- Crescimento Pessoal
- Contadores de História - está é minha paixão!
- Oficina de Criação Literária

Preferências em leitura:
todas de Richard Bach - o de cabeceira é 'ILUSÕES' / Fernão Capelo Gaivota
J.M.Simmel-
Ainda resta uma Esperança. Zibia Gaspareto - já li quase todos os livros.
Mario Vale - PICOTE - PASSAROLINDO - histórias infantis
Ruben Alves - Os Morangos e tantos outros autores.
O que a carta do Tarô o Eremita que você sorteou na aula tem a ver com você?
-T U D O! APRENDI E GOSTO DE FICAR SÓ. Sinto necessidade de fazer reflexões.

O que achou dos comentários sobre sua escrita?
- FIQUEI SURPRESA E MUITO FELIZ. Mas, quero aprender mais, para mostrar aos meus netos.
- Senti um pouco mais de confiança.
Você escreve sob inspiração?
-Não sei se é inspiração. Tem dias que preciso "botar pra fora" ...
As tarefas passadas ajudam a começar a escrever ou seguram o livre fluxo da inspiração?
- SIM. Como ajudam.
Fevereiro de 2016. Edna Domenica Merola entrevista Amaridis de Souza Mello


FOCO DA ENTREVISTA: leitura, produção escrita, uso do word para produção digital, acervo autoral on line, adaptação da pessoa idosa e às novas tecnologias.

EDNA: – Nos últimos anos, além de participar do blog NETIATIVO em decorrência de ser aluna da Oficina de Criação Literária acumulou outras atividades? Exerceu algum voluntariado?

AMARIDIS: – Há quase dois anos faço como trabalho voluntário: contação de Histórias a crianças de dois a cinco anos, quinzenalmente, na Creche Celso Ramos.

EDNA: – O que prefere ler?
AMARIDIS: – Sinto-me à vontade, quando leio algo que toca o sentimento.

EDNA: – Quais seus autores preferidos?
AMARIDIS: – Nathaniel Branden, Jonh Poell, Zibia Gaspareto, Carlos Drumond de Andrade, Cecília Meireles, Raul Bopp, Mário Quintana e todos que alcanço nas boas leituras.

EDNA: – Quais as facilidades em relação à escrita?
AMARIDIS: – Tenho facilidade de falar sobre quem sou. Pensando em meus netos, dedico-lhes algo escrito como recordação de minha vida.

EDNA: – Qual o texto que escolhe para apresentá-la como autora?
AMARIDIS: – Meu texto preferido tem por título: É... Inverno! 


EDNA: – É... Inverno é um texto que fala da natureza. Gosta de escrever sobre quais temas?
AMARIDIS: – Dependendo do meu emocional eu gosto do que me lembra da alegria... Gosto de falar sobre amor, paixão, criança, natureza.

EDNA: – Considera a leitura importante para quem se dedica à escrita?
AMARIDIS: – Não trabalhei este lado cultural na escola. Gosto de ler. Sou introspectiva. Sinto que lendo consigo escrever melhor.

EDNA: – Já publicou algum livro?
AMARIDIS: – Nunca publiquei livro.

EDNA: – Na qualidade de professora voluntária do NETI e de Blogueira por "hoby", diagramei e revisei vários textos seus que foram ‘publicados’ em blogs. Você costuma reler os textos de sua autoria frequentemente?

AMARIDIS: – Quando estou no computador eu 'viajo'. E procuro ler e aprender coisas que me interessam. É quando eu procuro o Blogspot, leio textos dos colegas e leio os meus. São temas diversos que os colegas escrevem, descrevem e debatem. Acho incrível a imaginação.

EDNA: – Lê seus textos nos meus blogs ou nos seus apontamentos?
AMARIDIS: – Leio os meus textos sempre nos links. Tenho anotado todos os links e vou procurando e encontro. Eu me lembro de quase todos os textos.  Outro dia, anotando os links, lembrei de um momento da aula sobre Elis Regina... E encontrei.

EDNA: – Escreve os originais digitando ou são manuscritos?
AMARIDIS: – Digitando.

EDNA: – Acredito que você já tenha material suficiente para publicar um livro com um bom número de páginas. Pretende publicá-lo? Ou tem outros projetos?
AMARIDIS: – Pretendo levar para outra cidade para pessoa que não usa o computador.

EDNA: Sobre esse material suficiente para compor um livro... Tem cópia impressa ou manuscrita?

AMARIDIS: – Não tenho cópias impressas ou manuscritas.

EDNA: Sugiro que colete os originais que saíram de seu computador (via e-mail) para serem enviados aos blogs. Faça um levantamento dos envios com anexos (que não sejam PPS) que fez às editoras dos blogs. Tendo em mãos o material, imprima e dirija-se ao escritório da sua cidade que faz o registro autoral. Em Florianópolis, o escritório fica no campus da UDESC.

Quinta-feira, 05 de novembro de 2015

No dia 05 de novembro, a turma 2015.2 da Oficina de Criação Literária do NETI recebeu Amaridis de Souza Mello que cursou nossas Oficinas de Criação Literária durante quatro semestres de 2013 a 2014. Na palestra, fez seu depoimento e contou a história A BONECA DE LATA  (criada e confeccionada por ela).

Em intervalos de férias e mesmo após sua saída do NETI, Amaridis continuou escrevendo para este blog.

Um comentário:

  1. Nossa, que alegria ler estas belezas sobre a Amaridis! Edna, que bonito o teu trabalho de incentivo e divulgação dos talentos e produções do pessoal! Parabéns para a entrevistada e a entrevistadora!!! Abraços carinhosos...

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