Cenário 1 -Tudo parece seguir o ritmo normal numa
pacata cidade, até que um ex-presidiário (Jackie Earle Haley) acusado de
exibicionismo e pedofilia, volta para casa. Isso causa um alvoroço entre as
famílias locais. Ele acaba perseguido por um ex-policial.
Cenário 2- Brad (Patrick Wilson) precisa estudar
para passar no exame da ordem dos advogados e fica em casa cuidando do
filhinho, enquanto sua mulher, uma bem sucedida documentarista, trabalha para
manter a casa. Ele gosta de passar horas vendo jovens skatistas praticando.
Cenário 3 – Sarah (Kate Winslet) é uma entediada
dona de casa que cuida da filhinha, enquanto o marido trabalha. Ela costuma
levar a menina no mesmo parque em que outras mães e Brad, apelidado por elas de
o “rei do baile”, leva seu filho.
Curiosidades: A história é adaptada do livro
“Litlle Children”, de Tom Perrota.
O filme foi indicado ao Oscar nas categorias de
Melhor atriz, Melhor ator coadjuvante e Melhor roteiro adaptado. Também foi
indicado ao Globo de Ouro como Melhor drama, Melhor atriz e Melhor roteiro. O
ator Jackie Earle Haley que não atuava há 13 anos recebeu vários prêmios de
melhor atuação em outros festivais.
Compulsões Sociais. Por Edna Domenica Merola
Sexo explícito num filme que pretende dar mensagem
sobre a correta maneira de se viver o amor familiar, mostrando diversas formas
erradas de fazê-lo. A trama pretende
avaliar as relações familiares na sociedade americana para mostrar o que não
deveria acontecer entre marido e mulher e entre mãe e filho. Tem um personagem
exibicionista/pedófilo, um fanático (psicopata?) que quer colocar ordem na
comunidade, um bonitão mal sucedido profissionalmente, a mulher bonita e bem
sucedida que é mal amada, a mulher comum que abandonou seus estudos e foi ser
dona de casa, mas é uma mãe rejeitadora, supostamente porque o marido prefere
transar com personagem de site pornô do que amá-la. O corpo é mostrado como
algo sujeito ao esporte violento e ao instinto sexual.
O indivíduo
da classe média é apresentado como alguém que se importa mais com o que os
outros pensam dele do que com seus sentimentos, emoções, projetos de vida. A
trama apresentada por cenas desastrosas são avaliadas por um narrador. (Isso
lembra quando duas pessoas fazem coisas insólitas e chega um terceiro e opina
de maneira absurda.). A "reflexão" do narrador quebra os efeitos das
cenas anteriores e emblemáticas de violência ou sexo. Isso dá ares de série ao
filme que acaba em tragédia.
O filme é realista, já que mostra uma comunidade
americana vivendo compulsões: repetir erros nas relações familiares cheias de
obrigações e cobranças, impor normas de condutas rígidas sobre comportamento
sexual, sobre o sucesso profissional, sobre o poder aquisitivo, sobre o domínio
de quem traz o sustento para o lar sobre os demais membros da família.
Mostra o individualismo, o egocentrismo e o
materialismo como pilar da família e da identidade do sujeito.
As cenas de sexo são todas fora do casamento (e os
envolvidos não acabam bem).
O gozo tranquilo e sem culpa passa longe de Pecados
Íntimos (não se engane, pois, com essa tradução dada ao título).
Nenhum comentário:
Postar um comentário