Na aula ministrada no Núcleo de Estudos da Terceira
Idade (NETI), em 5/12/2013, procedeu-se ao que segue:
‒ breve explanação sobre mitos e arquétipos;
‒ apresentação do poema Amar! de Florbela
Espanca;
‒ exercício de paráfrase de poema à luz de BOIA,
Lucien. Pour une histoire de l´imaginaire. Verité des Mytes. Paris: Les Belles
Lettres. 1998. Capítulo I: Structures e Méthodes (P. 11-56).
Breve
síntese sobre Arquétipos (por Edna Domenica Merola):
No capítulo
I do livro: Pour une histoire de l´imaginaire, Lucien BOIA (P 30
– 35) descreve oito tipos de arquétipos:
1o. A
consciência de uma realidade transcendente
2o. A
alma, a morte, o além.
3o.
Alteridade: conexão entre o "eu" e os “outros’”.
4o. A
unidade: o homem aspira por um universo homogêneo e inteligível.
5o. A
atualização das origens: mitos fundadores.
6o.
Desvelamento do futuro: imaginário adivinhatório – ocultismo, astrologia,
profecias.
7o.
Evasão: mudar de condição pela via da ascensão espiritual ou pela regressão ao
estado natural (retorno às raízes).
8o. Luta
e complementaridade dos opostos. Polarização. Ex.: maniqueísmo iraniano,
dialética marxista.
Amar!
(Florbela Espanca)
Eu quero
amar, amar perdidamente!
Amar só
por amar: Aqui... além...
Mais Este
e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!
Amar! E não amar ninguém!
Recordar?
Esquecer? Indiferente!...
Prender
ou desprender? É mal? É bem?
Quem
disser que se pode amar alguém
Durante a
vida inteira é porque mente!
Há uma
Primavera em cada vida:
É preciso
cantá-la assim florida,
Pois se
Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um
dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja
a minha noite uma alvorada,
Que me
saiba perder... pra me encontrar...
LEMBRETES
SOBRE PARÁFRASE DISSERTATIVA DE POEMA
(ocorre com maior frequência num contexto acadêmico para o estudo da literatura).
1-
Escolhe-se primeiramente o texto poético ou poema.
2-
Na dissertação expressa-se a opinião pessoal. Mas na paráfrase, o emissor e o
destinatário não são nomeados como no bilhete. Em decorrência disso comenta-se
o texto "X" de tal autor (a). Isto quer dizer que, numa situação de
aprendizagem como a das oficinas, o comentarista se dirige ao público leitor e não ao colega ou aluno.
3-
Os verbos serão usados preferencialmente no presente do indicativo ou nas
formas impessoais de: infinitivo, gerúndio e particípio.
4-
Tentar responder às perguntas:
a-
Quem é existencialmente o eu poético que se manifesta no poema?
b-
Há referências diretas ou analogias a: sensações, sentimentos, emoções,
sentidos perceptivos?
c-
Como a comentarista lê a revelação do momento poético vivido pelo 'eu poético'?
5- Mencionar se há intertextualidade, ou seja, se há indícios de que o texto parafraseado foi criado a partir de outro já
existente. É necessário justificar qual a função da intertextualidade no contexto em que a leitura do poema está inserido.
Na aula ministrada no Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI), em 5/12/2013, procedeu-se ao que segue:
‒ breve explanação sobre mitos e arquétipos;
‒ apresentação do poema Amar! de Florbela
Espanca;
‒ exercício de paráfrase de poema à luz de BOIA,
Lucien. Pour une histoire de l´imaginaire. Verité des Mytes. Paris: Les Belles
Lettres. 1998. Capítulo I: Structures e Méthodes (P. 11-56).
Breve
síntese sobre Arquétipos (por Edna Domenica Merola):
No capítulo
I do livro: Pour une histoire de l´imaginaire, Lucien BOIA (P 30
– 35) descreve oito tipos de arquétipos:
1o. A
consciência de uma realidade transcendente
2o. A
alma, a morte, o além.
3o.
Alteridade: conexão entre o "eu" e os “outros’”.
4o. A
unidade: o homem aspira por um universo homogêneo e inteligível.
5o. A
atualização das origens: mitos fundadores.
6o.
Desvelamento do futuro: imaginário adivinhatório – ocultismo, astrologia,
profecias.
7o.
Evasão: mudar de condição pela via da ascensão espiritual ou pela regressão ao
estado natural (retorno às raízes).
8o. Luta
e complementaridade dos opostos. Polarização. Ex.: maniqueísmo iraniano,
dialética marxista.
Amar!
(Florbela Espanca)
Eu quero
amar, amar perdidamente!
Amar só
por amar: Aqui... além...
Mais Este
e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!
Amar! E não amar ninguém!
Recordar?
Esquecer? Indiferente!...
Prender
ou desprender? É mal? É bem?
Quem
disser que se pode amar alguém
Durante a
vida inteira é porque mente!
Há uma
Primavera em cada vida:
É preciso
cantá-la assim florida,
Pois se
Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um
dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja
a minha noite uma alvorada,
Que me
saiba perder... pra me encontrar...
LEMBRETES
SOBRE PARÁFRASE DISSERTATIVA DE POEMA
(ocorre com maior frequência num contexto acadêmico para o estudo da literatura).
1-
Escolhe-se primeiramente o texto poético ou poema.
2-
Na dissertação expressa-se a opinião pessoal. Mas na paráfrase, o emissor e o
destinatário não são nomeados como no bilhete. Em decorrência disso comenta-se
o texto "X" de tal autor (a). Isto quer dizer que, numa situação de
aprendizagem como a das oficinas, o comentarista se dirige ao público leitor e não ao colega ou aluno.
3-
Os verbos serão usados preferencialmente no presente do indicativo ou nas
formas impessoais de: infinitivo, gerúndio e particípio.
4-
Tentar responder às perguntas:
a-
Quem é existencialmente o eu poético que se manifesta no poema?
b-
Há referências diretas ou analogias a: sensações, sentimentos, emoções,
sentidos perceptivos?
c-
Como a comentarista lê a revelação do momento poético vivido pelo 'eu poético'?
5- Mencionar se há intertextualidade, ou seja, se há indícios de que o texto parafraseado foi criado a partir de outro já
existente. É necessário justificar qual a função da intertextualidade no contexto em que a leitura do poema está inserido.
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