Cara (o) Aluna (o) do Curso Oficinas de Criação Literária do NETI,
O objetivo desta carta é convidá-lo a participar de um debate sobre os significados que os participantes estão atribuindo ao seu processo de aprendizagem e que tiveram por pano de fundo os encontros semanais, nas oficinas de agosto.
A organização do texto desta carta partirá de algumas considerações que relatam e descrevem a participação do grupo de inscritos, durante o primeiro mês do semestre, e delineiam os limites dos trabalhos elaborados em três oficinas com duração de 02 horas cada (06 horas presenciais).
O texto da carta prosseguirá com um rol de questões e finalizará com links para leitura de textos sobre o gênero literário que estamos estudando.
I- Considerações Preliminares:
1- Dado o grande número de textos produzidos pela turma de alunos do semestre 2015.2, elaborei um rol para que os participantes tenham alguma dimensão deste todo ainda embrionário que é o grupo das Oficinas
Autor(a)
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Emissor (a)
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Destinatária (o)
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Papéis Sociais
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Adalberto
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Adalberto
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Edna
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Professora e aluno
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Adroaldo
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Adroaldo
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Edna
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Professora e aluno
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Antonieta
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Antonieta
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Edna
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Professora e aluna
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Beduína
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Beduína
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Edna
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Professora e aluna
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Bernadete
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Penélope
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Edna
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Professora e aluna
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Cristina
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Cristina
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Edna
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Professora e aluna
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Zélia
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Zélia
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Edna
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Professora e aluna
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Nilza
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Nilza
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Edna
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Professora e aluna
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Adroaldo
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Adroaldo
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Adalberto
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Colegas de oficina literária
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Bernadete
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Penélope
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Martinha
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Amigas
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Marli
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Marli
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Irmã
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Irmãs
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Nilza
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Nilza
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Jane
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Amigas
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Autor(a)
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Emissor (a)
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Destinatária (o)
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Papéis Psicodramáticos
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Adalberto
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Adalberto
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Deus
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Fiel e Deus
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Adroaldo
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Adroaldo
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Dirigente de grupo de dança gaúcha de salão
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Dançarino e instrutor de dança gaúcha
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Antonieta
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Antonieta
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Erasmo Carlos
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Fã e ídolo da Jovem Guarda
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Antonieta
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Antonieta
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Paloma
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Escritora e leitora
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Cristina
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Cristina
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Professora R.C.
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Professora e autora de livro
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Nilza
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Poeta
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Elizete Cardoso
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Elizete Cardoso e Poeta
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2- Considerando a natureza das aulas que ministro no NETI terem por prioridade (durante um semestre) somente um dentre os três focos:
Jogar e desenvolver o papel psicodramático de narrador;
Jogar e desenvolver o papel psicodramático de 'eu lírico';
Jogar e desenvolver os papéis de leitor e escritor – inseridos no contexto de oficinas literárias. Vivenciar a complementação dos papéis de leitor e escritor, no contexto de oficinas literárias. (MEROLA, 2015)
3- Considerando que a professora Edna "adota" o que segue:
"O ensino-aprendizagem da escrita literária, quando recorre a vivências e experimentação, é adequado ao formato de oficinas. Uma oficina tem por foco a reflexão sobre a própria prática educativa da (o) participante, o que pressupõe que ela (ele) esteja desempenhando o papel em pauta e se disponha a realizar as propostas apresentadas pela ministrante e compartilhar com colegas os seus resultados. A oficina literária é o espaço onde são oferecidas atividades práticas de criação pela palavra, proporcionando novos conhecimentos e vivências e instalando o hábito de exercitar frequentemente a escrita. A ação docente se coloca por meta interferir na percepção do aluno-escritor sobre a leitura e a feitura em suas facetas emocionais e relacionais." (MEROLA, 2015).
II- Preparo de participação em debate
A- Reflexão sobre algumas questões:
1- Qual o gênero literário que estamos estudando no Curso Oficinas de Criação Literária do NETI?
2- Para que serviam as cartas antes de ser inventada a imprensa?
3- Como as cartas são trocadas na sociedade contemporânea?
4- Fotos instantâneas trocadas por celulares relatam fatos?
5- Considerando que o uso da palavra escrita no relato de fatos não esgota o que uma carta pode conter, pergunta-se: para quê identificar os papéis que os emissários e destinatários desempenham numa carta?
6- Por que é importante termos consciência de que somos atores sociais? Essa consciência pode ajudar a resgatar o espaço social a ocupar após a aposentadoria?
7- Haveria uma utilidade didática e/ou existencial em escrever uma carta na qual o emissor fosse alguém diferente do autor? E em relação a escrever a um destinatário inventado ou construído?
8- Qual o foco das aulas que você assistiu:
( ) Jogar e desenvolver o papel psicodramático de narrador;
( ) Jogar e desenvolver o papel psicodramático de 'eu lírico';
( ) Jogar e desenvolver os papéis de leitor e escritor.
9- Qual o tempo que tem gasto, semanalmente, com as tarefas das oficinas?
B - Leituras complementares nos links:
http://pt.scribd.com/doc/
https://pt.wikipedia.org/wiki/
http://ivanleite09.blogspot.
http://comunicacaocajamar.
REFERÊNCIA
MEROLA, E. D. Pedagogia do Psicodrama: a ação do grupo
no desenvolvimento de papéis das pessoa idosa. Monografia do Curso de
Especialização em “Atenção à Saúde da Pessoa Idosa”,CCS, NETI, UFSC.
2015.
Síntese
"A carta é um texto escrito no qual alguém
transmite uma informação a um destinatário ou leitor, que interpreta o sentido
e assume determinada atitude diante da informação recebida." [Enciclopédia do estudante; Vol. 08;
pág. 156.]
Antes de ser inventada a imprensa, as cartas a
substituíam. Cartas serviam e servem para relatar ou representar pela palavra
as experiências vividas, situando-as no tempo.
Na sociedade contemporânea, as cartas são trocadas via
correio ou meios eletrônicos digitais, variando de acordo com o seu propósito e
conteúdo e com a pessoa a quem são dirigidas (destinatários). A linguagem usada
numa carta determina o seu tipo: entre amigos; comercial; propagandística;
familiar; informativa; literária (reflexo dos sentimentos e sensações do autor
ou de personagens de uma obra literária); social (convites); de agradecimento;
de felicitação (bodas, aniversário, formatura), de pêsames.
Fotos instantâneas trocadas por celulares
relatam fatos. Corre-se o risco de que os fatos sejam deturpados pela
fragmentação, podendo servir para "bulling" ou propaganda
enganosa.
A carta vai além de relatar fatos, pois registra a
natureza das relações entre emissários e destinatários. Registra, em
alguns casos, a natureza dos vínculos existentes entre eles.
É importante termos consciência de que somos atores
sociais. Essa consciência pode ajudar a resgatar o espaço social a ocupar após
a aposentadoria. Desta feita, haveria uma utilidade didática e existencial nas
oficinas de escrita de cartas. Quando o emissor é alguém diferente do autor, e
quando um destinatário é inventado ou construído, estamos num contexto de
escrita literária, no sentido de criação ficcional.
O foco das aulas dadas durante o mês de agosto foi o
de jogar e desenvolver os
papéis de leitor e escritor.
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