Olá,
alunas,
Semana
passada fez sol em pleno inverno... Mas, "quando a esmola é muita o santo
desconfia...".
Espero
que esteja tudo bem com vocês que faltaram na aula de hoje, devido às fortes
chuvas. Espero que tenham aproveitado a manhã chuvosa para um bom e merecido
descanso. Afinal, "Deus dá o frio conforme o cobertor!"
Se
à tarde quiserem trabalhar um pouquinho, envio, nesta cartinha, parte do que
fizemos pela manhã. Afinal, ainda é dia e "A esperança é a última que
morre!".
ASSUNTO:
O coro falado (usado na escrita de textos para Teatro)
O
coro grego funciona como um personagem coletivo, na peça. Faz indagações para
provocar reflexão. Expressa a opinião pública, critica valores, reage às
atitudes dos personagens como o escritor julga que a audiência iria reagir;
impulsiona a emoção, confere movimento, promove quebras que podem marcar uma
mudança de rumo na ação.
O
coro é o elo com os rituais religiosos que originaram o Teatro e, portanto,
mantém a sua alma coletiva. O que é uma atitude muito sábia, já que,
"Cautela e caldo de galinha nunca fez mal a ninguém. "
O
QUE ACONTECEU NA AULA:
Ensinei
a usar o coro (recurso da Tragédia Grega) nos textos com pelo menos 2
personagens.
Para
eliciar a criação de personagens, usei as os arcanos maiores do tarô e cada
aluno sorteou duas cartas para inspirar a criação de seu personagem por meio
das ilustrações.
Ainda
no aquecimento para a construção de personagens, usei a estratégia do 'ditado
popular'. Entenda que o coro é um personagem coletivo e plural.
Após
o sorteio de duas cartas do tarô para cada aluno, expus 56 ditados populares
que compilei. Associando as cartas sorteadas aos ditados, seus colegas
escolheram os que seguem:
A esperança é a última que morre.
Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Quando a esmola é muita o santo desconfia.
Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
Cautela e caldo de galinha nunca fez mal a ninguém.
Deus dá o frio conforme o cobertor.
As produções foram muito boas, seus colegas mandam lembranças.
Isto posto, a professora lhes envia esta singela tarefa (Afinal,
" Mais vale um pássaro na mão do que dois voando"):
" Mais vale um pássaro na mão do que dois voando"):
Construa um texto para teatro, usando 3 personagens. Dois personagens serão inspirados em cartas do tarô. O terceiro personagem (para ser dito por um grupo de pessoas ou pelo coro) é o que irá interferir, dizendo um ditado popular, quantas vezes o autor (o aluno ou a aluna) achar oportuno. Poderá, também, usar vários ditados, conforme o efeito estético que desejar causar.
Ah! Já ia me esquecendo... Retiramos, do baralho, as cartas de que não gostamos, antes de iniciar o sorteio...Afinal : "O que os olhos não veem o coração não sente"...
Afinal (e desta vez é para finalizar) ... De chato já tínhamos a chuva e a ausência de vocês!
Com carinho,
a Professora.
ANEXO 1: DITADOS POPULARES
1- Cão que ladra não morde.
2- A justiça tarda, mas não falha.
3- Dois bicudos não se beijam.
4- A pressa é inimiga da perfeição.
5-Quem tem boca vai à Roma.
6- Em terra de cego quem tem olho é rei.
7- Quando a esmola é muita o santo desconfia.
8- É de menino que se torce o pepino.
9- Há males que vêm para o bem.
10- O que os olhos não veem o coração não sente.
11- Por fora, bela viola. Por dentro, pão bolorento.
12- Cada macaco no seu galho.
13- A esperança é a última que morre.
14- Quem não tem cão caça com gato.
15-O apressado como cru.
16- Quem casa quer casa.
17- Devagar se vai longe.
18- Nem tudo que reluz é ouro.
19- Quem sai na chuva é pra se molhar.
20-Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
21- A união faz a força.
22- Quem conta um conto aumenta um ponto.
23- Nem tudo que balança cai.
24-Quem procura acha.
25- Em casa de ferreiro o espeto é de pau.
26-Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
27- É errando que se aprende.
28- Quem ri por último, ri melhor.
29-Para bom entendedor meia palavra basta.30-Um dia da caça, o outro do caçador.
31-Quem sabe faz, quem não sabe manda.
32-Manda quem pode, obedece quem deve.
33-Não há regra sem exceção.
34-As aparências enganam.
35- Para o bom entendedor meia palavra basta
36-Quando um não quer, dois não brigam.
37- Com tempo tudo se cura
38- O homem prevenido vale por dois.
39- Quem primeiro se queixa foi quem atirou a ameixa
40- Águas passadas não movem moinho. 41- Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
42- Uma andorinha só não faz, verão.
43- Quem ama o feio, bonito lhe parece.
44- Quem procura sempre acha, se não um prego, uma tacha.
45- A ociosidade é mãe de todos os vícios 46- Deus dá o frio conforme o cobertor
47- O saber não ocupa lugar
48- Tudo que não mata engorda 49- Cautela e caldo de galinha nunca fez mal a ninguém
50- Camarão que dorme a onda leva.
51- Tal pai, tal filho.
52- Quem dorme com criança acorda molhado
53- Quem não chora não mama
54- Laranja na beira de estrada ou é azeda ou tem marimbondo no pé.
55- Falar é prata, calar é ouro.
56- As más notícias chegam depressa
ANEXO 2: CARTAS DO TARÔ (Fonte: Wikipedia)
ANEXO 3: O CORO NO FOLGUEDO DO BOI DE MAMÃO
REFERÊNCIA
Folguedo do Boi-de-Mamão. http://www.manezinhodailha.com.br/
subweb_portalboidemamao.htm
Tema de Entrada -
Desfile da Bicharada
ASSOCIAÇÃO
FOLCLÓRICA BOI DE MAMAO-DE-ITACORUBI
Coro
Vamos baianinha
/ Vamos passear / Vamos lá na vila / Pra ver meu boi brincar.
Chamador
improvisa
Lá em cima
daquele morro / Vem um tucano avoando / Se o bico vem escrevendo / As asas vêm
apagando.
Coro
Vamos baianinha
/ Vamos passear / Vamos lá na vila / Pra ver meu boi brincar.
Chamador
Mandei fazer um
laço / Do couro da cotia / Pra laçar meu boi barroso / Em pingo do meu dia.
Coro
Vamos baianinha
/ Vamos passear / Vamos lá na vila / Pra ver meu boi brincar.
Chamador
Mandei fazer um
laço / Do couro do jacaré / Pra laçar meu boi barroso / No cavalo pangaré.
Oh senhor
mestre vaqueiro / Face sua obrigação / Vá buscar o boi oh! Maninho / E dança
bem ligeiro.
O coro repete
Chamador
O meu boi
malhado aí / Ele é corriqueiro / Espalha bem o povo oh! Maninho / E dança bem
ligeiro.
O meu boi
chegou, aí / Ele vai dançar / O dono da casa, oh! Maninho / Vá cumprimentar.
O coro repete
Chamador
O meu boi
malhado aí / Ele é corriqueiro / Espalha bem o povo oh! Maninho / E dança bem
ligeiro.
Meu boi tá
doente / Chame seu doutor / Pra benzer o boi, oh! Maninho / Que ele tá com dor.
Este boi tá doente / Um purgante vai tomar / Depois vou benzer ele / Que é pra
ele miorá.
A benzedura:
Doutor ou benzedeira ou Mateus
Eu benzo esse
boi / Com raminho de arueira / Pra tirá a diarréia / E também a bicheira.
Eu benzo
meu boi / Com galinho de alecrim / Senhor dono da casa / Peça um dinheirinho
pra mim.
Chamador
Levanta
meu boi, ai / Levanta devagar / Venha pro terreiro, oh! Maninho / Outra vez
brincar.
Folguedo do Boi-de-Mamão. http://www.manezinhodailha.com.br/
subweb_portalboidemamao.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário