sexta-feira, 8 de abril de 2016

As preferidas da Turma da Oficina de Escrita Criativa 2016.1. Edna Domenica Merola.






Caracterização da turma 2016.1 da Oficina de Escrita Criativa
Idade: 78,26 %  têm de 50 a 65 anos. 64,71% assistiu ou ministrou aulas nos últimos 5 anos. 
Vínculo com a cidade: 13,04 % nasceram em Floripa. 86,96 % vieram de fora. 
43,48 % residem em Florianópolis de 37 a 48 anos. 
64,71% assistiu ou ministrou aulas nos últimos 5 anos.

LEITURAS ANTERIORES 
ALUNOS DAS OFICINAS DE ESCRITA CRIATIVA 2016.1

Exercício de Classificação
Trechos dos títulos escolhidos pelos alunos da Oficina 2016.1
Narrativa em 3ª pessoa
MÁRSICO, G. O. Cogumelos de Outono.
“Bernardo não era filho de Boa Vista e, sim, barriga-verde, nascido e criado em Nova Pomerândia, no Vale do Itajaí. E quando fugiu de lá, em 1923, nem olhou para trás. Se olhasse poderia cair em atraso e acabar nas garras de Tio Gonça ‒ o que lhe seria bastante desagradável nas circunstâncias que motivaram o seu gesto. Correu para a estação mais próxima”.
Referência:

http://www.livrariacultura.com.br/p/cogumelos-de-outono-5055901
Narrativa em 3ª pessoa
Gardner, Laurence. A Linhagem do Santo Graal.
“A virgindade física atribuída a Maria se torna ainda menos crível em relação às afirmações católicas dogmáticas que ela "sempre virgem”. Não é segredo que Maria teve outros filhos como se confirma em cada um dos Evangelhos. Em Matheus 13:55 - "Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?”(MARIA. P 46).
“Embaixo à grande profundidade do Templo de Jerusalém se encontrava o grande complexo do estábulo do rei Salomão, que permanecera selado e intacto desde os tempos bíblicos. O enorme abrigo subterrâneo foi descrito por um Cruzado como um estábulo de magnífica capacidade, tão grande que podia abrigar mais de 2000 cavalos. Abrir esse gigantesco repositório era a missão secreta original dos Cavaleiros Templários, pois São Bernardo sabia que ele continha a riqueza de Jerusalém do Antigo Testamento, incluindo a Arca da Aliança, que por sua vez, continha o maior de todos os tesouros: As Tábuas do Testemunho.” (SANTUÁRIO DA ARCA. P 234).
NOTA: Trechos selecionados pelo leitor Álvaro Frazão de seu exemplar do livro e enviado para o e-mail da editora do blog Netiativo.
Narrativa em 3ª pessoa
AERN, Cecelia. A Vez da minha vida.
“Às vezes é preciso se entregar a alguém para perceber quem você realmente é (p 14).”
“Pela primeira vez na vida, não conseguiu formular um único pensamento” (P 297).
“Era como se, durante toda a sua vida, as pessoas lhe dissessem que o céu era azul e, pela primeira vez, ele realmente levantasse a cabeça e o visse com seus próprios olhos (P 223).”
“Cada segundo deixa uma marca na vida de cada pessoa (P 316)”.
“Eram apenas um truque com a ciência. Um truque com ciência. Consciência (P 293)”.
Referências:
Narrativa em 1ª pessoa
AGOSTINHO. As Confissões.
"Mas que amo eu quando Te amo? Não uma beleza corporal ou uma graça transitória, [...] amo a lua, a voz, o perfume, o alimento e o abraço, quando amo o meu Deus: a luz, a voz, o odor, o alimento, o abraço do homem interior que habita em mim, onde para a minha alma brilha uma luz que nenhum espaço contém, onde ressoa uma voz que o tempo não destrói, de onde exala um perfume que o vento não dissipa, onde se saboreia uma comida que o apetite não diminui, onde se estabelece um contato que a sociedade não desfaz. Eis o que amo quando amo o meu Deus." (P 271).
Referências:
Frases dissertativas
AGOSTINHO. As Confissões.
 “... a memória é, por assim dizer, o estômago da alma." (P 281).
 “... o que é suficiente para a saúde é pouco para o prazer." (P 299).
"Curiosos de conhecer a vida alheia, são indolentes em corrigir a própria." (P 266).
Referências:

Discurso dissertativo.
Uso de verbos no infinitivo.
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes.
“Bons pais corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar. Entre corrigir erros e ensinar a pensar existem mais mistérios do que imaginam nossa vã psicologia. Não seja um perito em criticar comportamentos inadequados, seja um perito em fazer seus filhos refletirem. As velhas broncas e os conhecidos sermões definitivamente não funcionam, só desgastam a relação.”
Referências
Narrativa em 1ª pessoa
DUEÑAS, M. O Tempo entre Costuras. “Nunca desmenti nem uma vírgula da imagem que havia se formado de mim... Também não a alimentei: simplesmente me limitei a deixar tudo em suspense, a alimentar a incógnita e me fazer menos concreta, mais indefinida: grande gancho para atrair a curiosidade.”
Eu era céu e as estrelas, a mais bonita, a melhor. Meu cabelo, meu rosto, meus olhos. Minhas mãos, minha boca, minha voz. Eu inteira configurava para ele o insuperável, a fonte de sua alegria.”
“Não me repreendeu nem me pediu que reconsiderasse meus sentimentos. Só pronunciou mais uma frase, lentamente, como se escorresse. ‒ Ele nunca vai amá-la tanto quanto eu.”
“Não era exatamente alegria que eu sentia nos ossos enquanto os últimos raios de sol acompanhavam meus passos de volta para casa. Nem entusiasmo, nem emoção. Talvez a palavra que melhor se encaixasse no sentimento que me invadia fosse orgulho.”
“Mas errei, como quase sempre se erra quando construímos concepções com base no frágil apoio de uma simples ação ou algumas palavras.”
Referências:
Narrativa em 3ª pessoa
EXUPÉRY, Antoine. O Pequeno Príncipe.
O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor. Uma flor de três pétalas, uma florzinha insignificante...
‒ Bom dia - disse o príncipe.
‒ Bom dia - disse a flor.
‒ Onde estão os homens? - Perguntou ele educadamente.
A flor, um dia, vira passar uma caravana:
‒ Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os faz muito tempo. Mas não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes.
‒ Adeus - disse o principezinho.
‒ Adeus - disse a flor. 
Referências:
Narrativa em 3ª Pessoa (descrição de personagem)
LLOSA, Mário V. A Guerra do Fim do Mundo.
“O homem era alto e tão magro que parecia estar sempre de perfil. Sua pele era escura, seus ossos, proeminentes, e seus olhos flamejavam com um fogo perpétuo. Usava sandálias de pastor e a túnica roxa [...] Era impossível saber sua idade, sua procedência, sua história, mas havia algo [...] que [...] atraía as pessoas.
Aparecia de repente, a princípio sozinho, sempre a pé, coberto da poeira do caminho, de tantas em tantas semanas, ou meses. Sua silhueta longilínea se recortava na luz crepuscular ou nascente quando atravessava a única rua do povoado, a passos largos, com uma espécie de urgência. [...] Mas ele não comia nem bebia nada antes de chegar à igreja [...]. Começava logo a rezar. Mas não como rezam os outros homens ou mulheres: deitava-se de bruços na terra ou nas pedras ou nas lajes lascadas, bem diante de onde era ou tinha sido ou deveria ser o altar, e orava, às vezes em silêncio, às vezes em voz alta, uma, duas horas, observado com respeito e admiração pelos moradores. Rezava o credo, o pai-nosso e as ave-marias conhecidos, e também outras rezas que ninguém tinha ouvido antes mas que, ao longo dos dias, dos meses, dos anos, as pessoas iriam memorizando. [...]
Só depois de pedir perdão ao Bom Jesus pelo estado de sua casa ele aceitava comer e beber alguma coisa, apenas uma amostra do que os moradores do lugar insistiam em oferecer, mesmo nos anos de escassez.”
Referência:
Narrativa em 1ª pessoa
MARQUES, Garcia. Memórias das minhas putas tristes.
“No dia de meus noventa anos havia acordado, como sempre, às cinco da manhã. Por ser sexta-feira, meu compromisso único era escrever a crônica que é publicada aos domingos no El Diario de La Paz. [...] O tema da crônica daquele dia, é claro, eram os meus noventa anos. Nunca pensei na idade como se pensa numa goteira no teto que indica a quantidade de vida que vai nos restando. Era muito menino quando ouvi dizer que se uma pessoa morre os piolhos incubados no couro cabeludo escapam apavorados pelos travesseiros, para vergonha da família. Isso me impressionou tanto que tosei o coco para ir à escola, e até hoje lavo os escassos fiapos que me restam com sabão medicinal de cinza e ervas milagrosas. Quer dizer, me digo agora, que desde muito menino tive mais bem formado o sentido do pudor social que o da morte.”
Referências:
Narrativa em 3ª Pessoa
(descrição de personagem)
MARQUES, Garcia. Cem Anos de Solidão.
“Remédios, a bela, foi a única que permaneceu imune à peste da companhia bananeira.   Estacou numa adolescência magnífica, cada vez mais impermeável aos formalismos, mais indiferente à malícia e à desconfiança, feliz num mundo próprio de realidades simples. Não entendia por que as mulheres complicavam a vida com camisetas e anáguas, de modo que coseu uma bata de aniagem que enfiava simplesmente pela cabeça e resolvia sem mais trâmites o problema de se vestir, sem desmanchar a impressão de estar nua, que no seu modo de entender as coisas era a única maneira decente de se estar em casa. Amolaram-na tanto para que cortasse o cabelo cascateante que já batia na barriga da perna e para que fizesse um coque preso com pentes e tranças com laços coloridos que simplesmente raspou a cabeça e fez perucas para os santos. O assombroso do seu instinto simplificador era que quanto mais se desembaraçava da moda procurando a comodidade e quanto mais passava por cima dos convencionalismos em obediência à espontaneidade, mais perturbadora   ficava a sua beleza inacreditável e mais provocante o seu comportamento para com os homens.”
Referências:
Trecho dissertativo.
Uso de substantivos abstratos.
MELO, Fábio de. Quem me roubou de mim.
“Quando uma pessoa é sequestrada, o primeiro rompimento se dá com a materialidade de seus significados. Não dormirá em sua casa, [...] Será violentamente exposta a outra realidade que não a sua. O corpo sofrerá a violência de não poder ir e vir. Terá que obedecer às ordens do recém-chegado, daquele que até então não pertencia ao seu mundo.[...] O esquecimento do ser, realidade muito comum nos casos de sequestro do corpo, é uma forma de aniquilamento de nossa condição primeira, nosso estatuto original, e que chamamos de identidade. A identidade nos diz sobre nós mesmos. Diz a nós e aos outros. Há dois aspectos interessantes naidentificação: uma afirmação e uma negação. Identificar-se é um jeito que a pessoa tem de afirmar o que é, mas é também um jeito de afirmar o que não é. Ao identificar-se a pessoa estabelece uma autenticação, mas também uma separação. Ao dizer eu sou isso, naturalmente estou dizendo também que não sou aquilo que negaria o que sou. [...] A identificação é também diferenciação, porque em toda afirmação há sempre uma infinidade de negações latentes.”
Referência:
Narrativa em 1ª pessoa
ZAFÓN, Carlos Ruiz. A sombra do Vento.
Um segredo vale o quanto valem aqueles dos quais temos de guardá-lo. Ao acordar, meu primeiro impulso foi contar sobre a existência do Cemitério dos Livros Esquecidos ao meu melhor amigo. Tomás Aguilar era um amigo de escola que dedicava seu tempo livre e seu talento a inventar uns aparatos bastante engenhosos, mas de pouca aplicação, como o dardo aerostático e o pião dínamo. Ninguém melhor do que Tomás para dividir comigo aquele segredo. Sonhando acordado, eu imaginava meu amigo Tomás e eu munidos de lanternas e bússola, prestes a desvendar os segredos daquela catacumba bibliográfica. Logo, lembrando-me da promessa, decidi que as circunstâncias aconselhavam o que, nos romances de intriga policial, denomina-se outro modus operandi. Ao meio-dia, abordei meu pai para questioná-lo sobre aquele livro [...] Qual não foi minha surpresa ao descobrir que meu pai, livreiro com tradição e bom conhecedor dos catálogos editoriais, nunca tinha ouvido falar de A Sombra do Vento ou de Julián Carax.
Referências:
Discurso dissertativo.
VICENZI, Luciano. Coragem para evoluir.
“A coragem de desafiar paradigmas em busca de soluções criativas, quando assentada no raciocínio aberto e lógico, é a essência do espírito científico. Sem inteligência e coragem, não há evolução.”
Narrativa em 3ª pessoa.
CHRISTIE, Agatha. Assassinato no Expresso do Oriente.
“Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu retorno imediato a Londres. O detetive belga, então, embarca às pressas no Expresso do Oriente, inesperadamente lotado para aquela época do ano. O trem expresso, porém, é detido a meio caminho da Iugoslávia por uma forte nevasca, e um passageiro com muitos inimigos é brutalmente assassinado durante a madrugada. Caberá a Poirot descobrir quem entre os passageiros teria sido capaz de tamanha atrocidade, antes que o criminoso volte a atacar ou escape de suas mãos.”
Discurso dissertativo. GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional.
"...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos."


As Músicas Preferidas da turma da Oficina de Escrita Criativa de 2016.1

Leitura e audição de música na praia.
As escolhas musicais da turma 2016.1 concentram-se nas músicas cantadas
Dentre 23 escolhas só uma elegeu uma música orquestrada. Mesmo assim as escolhas foram diversificadas...

As escolhas musicais da turma 2016.1 vão do universal ao local...
Passam pela música clássica: Quatro Estações de Vivaldi.
https://www.youtube.com/watch?v=3xfAL9T_g5U

Recaem no gosto pelo local, passando por Floripa. Zininho (Cláudio Alvim Barbosa). Rancho de amor à Ilha.

Foram escolhidas músicas cantadas em inglês:
Frank Sinatra. New York, New York.
http://www.kboing.com.br/frank-sinatra/1-300571/
Frank Sinatra. My Way.
https://www.letras.mus.br/frank-sinatra/36413/traducao.html
John Lennon. Imagine.


Foram escolhidas as brasileiríssimas:
Martinho da Vila. O Pequeno Burguês.
Pixinguinha. Carinhoso.

Foram escolhidas as músicas populares brasileiras (MPB)...
Vandré. Caminhando e cantando.
Chico Buarque. Construção.
João Bosco e Aldir Blanc. O Bêbado e a Equilibrista
http://aquecendoaescrita.blogspot.com.br/2015/05/o-bebado-e-equilibrista-edna-domenica_16.html


Uma escolha contemplou a composição feminina: Marisa Monte, Ainda Bem!
As escolhas da turma 2016.1 passaram ainda pelo romântico cristão devoto Roberto Carlos...  
A Montanha. Ave Maria. Eu te Amo. Como vai você? 

Passaram ainda por Almir Sater com Tocando em frente
https://www.letras.mus.br/almir-sater/44082/


Caçador de Ilusões. Aviões do Forró


Coração Pirata. Roupa Nova

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